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Estudos de Caso

Trilha Inca / Camino Inka / Inca Trail, Machu Pichu, Peru

Autoria: Roberto M.F. Mourão, ALBATROZ Planejamento

Impactos, Recuperação Unesco

 

Patrimônios Peruanos

O Peru possui 4 zonas que têm categoria de Patrimônio da Humanidade, estabelecidas desta maneira no marco do Programa do Homem e Biosfera (MAB) da UNESCO.

As 4 zonas são:

  1. Parque Nacional Huascarán (Patrimônio Natural),
  2. Parque Nacional do Manu (Patrimônio Natural),
  3. Parque Nacional do Rio Abiseo (Patrimônio Natural – Cultural)
  4. Santuário Histórico de Machu Picchu (Patrimônio Natural – Cultural).

Também possui 3 Reservas de Biosfera, reconhecidas pela UNESCO, sendo:

  1. Reserva do Manu (1 milhão 881 mil 200 hectares nos Estados de Cusco e Madre de Deus) que devido à variação de altitude (200 a 4.000 metros) apresenta 14 zonas de vida, permitindo a existência de uma admirável biodiversidade estimando-se um total de 5 mil espécies de plantas com flores
  2. Reserva de Huascarán (339 mil 239 hectares no Estado de Ancash)
  3. Reserva de Noroeste (231mil 402 hectares nos Estado de Tumbes e Piura).
Patrimônio Ameaçado, Projeto de Recuperação Unesco

O Santuário Inca Machu Picchu, é Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, desde 1983 e sua proteção se faz por diretrizes das Organização das Nações Unidas e do governo peruano.

Construído por volta de 1460 e descoberto pelo historiador americano Hiram Bingham em 1911, as impressionantes e bem preservadas ruínas das montanhas tornaram-se a atração turística mais popular do Peru, atraindo meio milhão de visitantes todos os anos. Os 200 prédios do local, localizados em uma zona de falha geológica, estão em uma posição precária.

“Overtourism”

Em 2003, a Unesco ameaçou incluir Machu Picchu, vítima de sua popularidade, em sua lista de lugares em perigo, após especialistas considerarem que o turismo sem restrições e os deslizamentos de terra haviam deteriorado o sítio arqueológico. Havia um entendimento que o governo peruano, ávido por recursos advindos do turismo não estava cuidando devidamente do local e da trilha, com claro sobreuso desses sensíveis atrativo e produto turísticos. (Foto acima: overtourism em Machu Pichu)

A conservação do Patrimônio Mundial deve ser um processo contínuo – se um país não protege os locais inscritos, corre o risco de que esses sejam retirados da Lista dos Patrimônios.

Os países devem informar periodicamente ao Comitê do Patrimônio sobre seu estado de conservação – se o Comitê é avisado sobre possíveis perigos para um sítio, ele é incluído na Lista PM em Perigo, para chamar a atenção mundial sobre as condições naturais ou criadas pelo homem, que ameaçam as características pelas quais inicialmente foi inscrito.

O constante trânsito de pessoas piorou as coisas, desgastando e desestabilizando as antigas fundações de pedra. O desenvolvimento perto do local está exacerbando o problema dos deslizamentos de terra, que ameaçam desalojar Machu Picchu de seu poleiro alpino. Para conter a maré, o Peru recentemente limitou o número de visitantes a 500 por dia e fecha o local por um mês a cada ano para reparar as trilhas danificadas.

Pressionado, em abril de 2004, o governo do Peru entregou à Unesco, um plano de preservação da região para evitar a perda do título de Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade.

O Plano de Recuperação

O plano totalizou US$ 132 milhões para cuidar não apenas do Santuário mas também do chamado Caminho Inca, além de promover o desenvolvimento e o turismo sustentável no Vale Vilcanota, onde ficam as ruínas. 

Também destinou-se à melhoria de Aguas Calientes, um vilarejo não planejado, que serve de porta de entrada a Machu Picchu, que venha crescendo rapidamente e atualmente comporta cerca de 3,5 mil habitantes e mil turistas por dia (2008).

 


Lixo coletado na Trilha Inca sendo retirado da vila Aguas Calientes.

 

Trilha Inca / Camino Inka / Inca Trail, Machu Pichu

 

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