Mudanças Climáticas

Causas das mudanças climáticas

 Sempre houve mudanças climáticas no planeta. Mas o aquecimento global que testemunhamos há cerca de 150 anos é anômalo, pois foi desencadeado pelo homem e as suas atividades.

É o chamado Efeito Estufa Antropogênico e se soma ao efeito estufa natural.

Com a revolução industrial, o homem passou a despejar na atmosfera milhões de toneladas de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa, fazendo com que a quantidade de CO2 presente na atmosfera dobrasse em relação aos valores mínimos dos últimos 700 mil anos.

Há cerca de 15 anos, os dados produzidos por cientistas ao redor do mundo, analisados e sistematizados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), concordam em declarar que o Aquecimento Global deriva do efeito estufa antropogênico.

Na verdade, as bases científicas da ligação entre os níveis de dióxido de carbono e a temperatura já tinham sido estabelecidas no século passado, graças ao trabalho do Prêmio Nobel Svante Arrhenius, confirmado pelo cientista americano David Keeling década de sessenta.

Consequências das mudanças climáticas

Em comparação com os níveis pré-industriais, a temperatura média do planeta aumentou 0,98 °C e a tendência observada de 2000 até hoje prevê, se não forem tomadas providências, um aumento adicional de +1,5 °C até 2030.

O impacto do Aquecimento Global já é evidente: as geleiras marinhas do Ártico diminuíram em média 12,85% a cada dez anos, enquanto os registros das marés costeiras mostram um aumento de 3,3 milímetros no nível do mar por ano desde 1870.

O decênio 2009-2019 foi o mais quente já registrado e 2020 foi o segundo ano mais quente de todos os tempos, logo abaixo do recorde de 2016.

As “estações dos incêndios” têm se tornado mais longas e intensas; de 1990 até hoje, os Eventos Climáticos Extremos, como ciclones e inundações, vêm aumentando a cada ano, até mesmo em períodos atípicos em relação ao passado, com efeitos cada vez mais devastadores.

As espécies vegetais e animais se deslocam de maneira imprevisível de um bioma para outro, causando danos incalculáveis à biodiversidade em todo o mundo.

Definir isso usando o termo Mudanças Climáticas está correto, mas não transmite suficientemente a ideia. Precisamos começar a falar em Crise Climática, pois o clima sempre mudou, mas não de forma tão rápida e não com infraestruturas rígidas e complexas como são as cidades e o sistema de produção ao qual os países mais industrializados estão acostumados.

Acordos internacionais

Em dezembro de 2015, na Conferência das Partes (COP21) da Convenção – Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCC), foi assinado o esperado Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas, que fornece um quadro confiável para alcançar a descarbonização, com metas de longo prazo para enfrentar as mudanças climáticas e uma estrutura flexível baseada na contribuição de cada governo.

Os governos signatários se comprometeram a limitar o aumento da temperatura em menos de 2 °C acima dos níveis pré-industriais, esforçando-se em não superar 1,5 °C, para atingir o pico de emissões o quanto antes e alcançar a neutralidade de carbono na segunda metade do século. Em 2021, a COP26 em Glasgow reafirmou seu compromisso de alcançar a chamada Neutralidade de Carbono globalmente até 2050.

A ciência oferece dados confiáveis e projeções de cenários futuros cuidadosamente estudadas. As mudanças climáticas não esperam e não param. É necessária uma forte mudança cultural, uma verdadeira troca de paradigma para traduzir em realidade o que todos agora concordam. 

 

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