Reciclagem de Resíduos Sólidos
Gestão de Cooperativas de Reciclagem de Resíduos com Agregação Valor

Proposta de Projeto (2024/2025)

Autoria: Roberto M.F. Mourão, ALBATROZ Planejamento

Programa Educação Ambiental para Crianças e Jovens
Visitas Guiadas a Centro de Triagem e Reciclagem de Resíduos Sólidos

 

1. Apresentação

O projeto “Educar para Reciclarpropõe ações educativas e visitas guiadas ao Centro de Triagem e Reciclagem de Resíduos Sólidos, com foco em crianças e jovens de 6 a 17 anos.

O presente programa tem como objetivo promover a conscientização ambiental de crianças e jovens, por meio de atividades educativas e visitas guiadas ao Centro de Triagem e Reciclagem de Resíduos Sólidos. A proposta busca sensibilizar os participantes sobre a importância da gestão adequada dos resíduos e estimular atitudes sustentáveis no cotidiano.

2. Objetivos

Geral

Estimular a educação ambiental crítica e participativa entre crianças e jovens, com foco na redução, reutilização e reciclagem de resíduos sólidos urbanos, fomentando a consciência ambiental, valorizar o trabalho dos catadores e estimular práticas sustentáveis desde cedo.

Com caráter educativo, social e ambiental, o projeto será desenvolvido ao longo de 12 meses, em parceria com escolas, cooperativas de reciclagem e órgãos públicos.

Específicos

  • Apresentar o funcionamento de um Centro de Triagem e Reciclagem.
  • Demonstrar a importância da separação correta dos resíduos.
  • Incentivar práticas sustentáveis no ambiente escolar e familiar.
  • Fortalecer o senso de responsabilidade socioambiental.
  • Estimular o entendimento sobre a importância da separação e reciclagem de resíduos.
  • Fomentar atitudes sustentáveis no ambiente escolar e familiar.
  • Criar vínculos entre comunidade, escola e Cooperativas de Reciclagem.
  • Valorizar o papel dos catadores e da Economia Circular.
A Economia Circular é um modelo econômico que visa reduzir o desperdício e promover o uso sustentável de recursos, propondo um ciclo contínuo de produção e consumo.
 
Em vez de seguir o padrão linear de “extrair, produzir, usar e descartar”, a economia circular busca manter os produtos, materiais e recursos em uso pelo maior tempo possível, minimizando a geração de resíduos e a extração de novos recursos naturais. 
3. Justificativa

O Brasil produz mais de 80 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos por ano, mas recicla menos de 4%.

A taxa média global de reciclagem de resíduos sólidos é de cerca de 19%, mas varia muito entre os países.

Enquanto alguns países como Alemanha, Coreia do Sul e Áustria possuem taxas de reciclagem acima de 50%, outros, incluindo o Brasil, ficam muito abaixo dessa média. No Brasil, a taxa de reciclagem de resíduos sólidos urbanos gira em torno de 3% a 4%, com a reciclagem de resíduos secos atingindo apenas 5,3%.

Taxas de reciclagem por país:
  • Alemanha: 60%
  • Coreia do Sul: 59%
  • Áustria: 58%
  • Eslovênia: 58%
  • Brasil: 3-4% (média geral), 5,3% (reciclagem de resíduos secos).
Fatos
  • A taxa de reciclagem de plásticos é ainda menor, com apenas 9% do plástico global sendo reciclado, e no Brasil a situação é similar. 
     
  • O Brasil está abaixo da média de países da mesma faixa de renda e desenvolvimento econômico, como Chile, Argentina, África do Sul e Turquia, que reciclam cerca de 16% de seus resíduos. 
     
  • A geração de lixo no mundo deve chegar a 3,8 bilhões de toneladas em 2050. 

A ausência de educação ambiental nas comunidades e escolas compromete o avanço da coleta seletiva e o reconhecimento do trabalho dos catadores. Além disso, há uma lacuna prática entre teoria e vivência ambiental.

Crianças e jovens são agentes multiplicadores e quando sensibilizados por meio de atividades educativas e experiências práticas, como visitas a Centros de Triagem, tornam-se protagonistas da mudança ambiental e social.

4. Públicos-Alvo

Crianças e jovens de 6 a 17 anos, matriculados em escolas públicas e privadas, organizações não-governamentais, projetos sociais, escoteiros e grupos comunitários.

Se implementado poderá beneficiar diretamente 800 crianças e jovens em 12 meses.

5. Metodologia

O programa será dividido em 2 etapas principais:

Etapa 1: Atividades Educativas

Realizadas antes da visita, com duração de 1h a 2h:

  • Palestras e rodas de conversa sobre resíduos, reciclagem e meio ambiente.
  • Dinâmicas lúdicas como jogos de separação de resíduos, quiz ambiental, teatro de fantoches (para crianças menores).
  • Oficinas de reutilização de materiais, como confecção de brinquedos, instrumentos ou objetos decorativos com recicláveis.

Etapa 2: Visita Guiada ao Centro de Triagem

Com duração de 1h30 a 2h:

  • Recepção e boas-vindas com equipe do centro.
  • Apresentação audiovisual sobre o processo de reciclagem.
  • Passeio guiado pelas instalações: setor de recebimento, triagem, prensagem, armazenamento e despacho.
  • Conversa com catadores e educadores ambientais, para compreender o papel social e econômico da reciclagem.
  • Encerramento com entrega de material educativo e certificado de participação.
6. Materiais de Apoio
  • Cartilhas ilustradas e folhetos informativos.
  • Kit educativo com sacolas reutilizáveis, cadernos de atividades, e folders.
  • Recursos audiovisuais (vídeos, slides, animações).
  • Equipamentos de segurança para a visita (EPI: coletes, máscaras, toucas, etc.).
7. Equipe Técnica
  • Coordenador Geral
  • Educadores Ambientais
  • Monitores de visita
  • Designer gráfico e comunicador
  • Auxiliar administrativo
8. Parcerias e Apoios
  • Escolas e secretarias de educação.
  • Cooperativas de catadores.
  • Secretarias de meio ambiente.
  • Empresas de gestão de resíduos.
  • ONGs ambientais e universidades.
9. Avaliação de Impacto
  • Aplicação de questionários de percepção antes e depois.
  • Avaliação qualitativa dos trabalhos produzidos.
  • Relatórios mensais com indicadores de participação e engajamento.
10. Avaliação
  • Aplicação de questionário antes e depois das atividades para medir o aprendizado.
  • Relatos escritos ou desenhos (no caso de crianças) sobre a experiência.
  • Sugestão de elaboração de mini-projetos ambientais nas escolas após a visita.
11. Frequência
  • O programa ocorrerá mensalmente, com agendamento prévio das escolas/grupos.
  • Cada grupo será composto por até 40 participantes, divididos por faixa etária.
12. Resultados Esperados
  • Aumento do conhecimento ambiental entre os participantes.
  • Ampliação da coleta seletiva nas escolas e comunidades.
  • Maior valorização do trabalho dos catadores.
  • Estímulo a práticas de consumo consciente.
  • 800 participantes sensibilizados.
  • 20 escolas com ações de reciclagem implementadas.
  • Aumento da separação correta de resíduos nas comunidades participantes.
  • Relacionamento contínuo entre escolas e cooperativas.
  • Formação de multiplicadores ambientais mirins.
13. Sustentabilidade do Programa
  • O programa poderá ser mantido por meio de editais, patrocínios e parcerias institucionais.
  • Prevê-se a formação contínua de monitores ambientais juvenis para expandir o impacto nas comunidades.
14. Contrapartidas Oferecidas aos Patrocinadores
  • Logomarca em todos os materiais impressos e digitais
  • Menção em redes sociais, site e evento de encerramento
  • Relatório completo com indicadores e fotos
  • Potencial para cobertura de mídia espontânea.

 


Plano de Segurança de Crianças e Jovens em Excursões Escolares de Educação Ambiental

1. Justificativa

Plano de Segurança de crianças e jovens em excursões escolares de educação ambiental é um aspecto fundamental do planejamento e da execução de atividades fora do ambiente escolar.

A justificativa de segurança para excursões escolares envolve a apresentação de medidas e procedimentos que garantem a proteção e bem-estar dos alunos durante a atividade. Isso inclui a escolha de locais seguros, transporte adequado, acompanhamento de profissionais qualificados e protocolos claros para situações de emergência.

Sempre é necessário e imprescindível que seja elaborar um guia prático e completo com diretrizes, medidas preventivas e protocolos de segurança específicos para excursões com foco em educação ambiental, como visitas a centros de reciclagem, parques, reservas naturais ou cooperativas.

Guia de Segurança para Excursões Escolares de Educação Ambiental

a. Planejamento Antecipado –  Antes da excursão

  • Autorização formal dos responsáveis com ficha médica, alergias e contatos de emergência.
  • Levantamento de riscos do local visitado (sanitários, segurança, acessibilidade, animais, trânsito, etc.).
  • Roteiro detalhado com horários, pontos de parada e contatos da equipe.
  • Inspeção prévia do local por um responsável da escola ou da organização.

b. Equipe Técnica e Proporção Adequada

  • Crianças de 6 a 10 anos: 1 adulto para cada 10 alunos.
  • Jovens de 11 a 17 anos: 1 adulto para cada 15 alunos.
  • Equipe deve conter:
    – Educadores ou Professores
    – Monitores Ambientais treinados
    – Socorrista ou responsável com noções de Primeiros Socorros

c. Transporte Seguro

  • Utilizar veículos licenciados e com motorista profissional habilitado.
  • Todos os alunos com cinto de segurança obrigatório.
  • Lista de presença, conferência antes da partida e retorno.
  • Evitar horários de muito sol ou trânsito intenso.

d. Identificação e Equipamentos

  • Todos os participantes devem usar
    – Crachá com nome, escola e telefone de emergência.
    – Camisetas ou coletes padronizados para fácil visualização.
    – Boné, protetor solar e garrafinha de água individual.
    – EPIs quando necessário (máscara, touca, luvas – em centros de triagem etc.).

e. Protocolos de Saúde e Primeiros Socorros

  • Levar kit de primeiros socorros completo (curativos, antissépticos, analgésico leve com permissão dos pais).
  • Ter à disposição número de emergência local e hospital mais próximo.
  • Identificar previamente alunos com alergias, doenças crônicas, restrições alimentares.

f. Conduta e Orientações

  • Antes da saída, repassar regras de comportamento, respeito ao meio ambiente e aos colegas.
  • Proibir o uso de celulares durante a trilha/visita, salvo em momentos permitidos.
  • Reforçar a importância de andar sempre em grupo e respeitar os limites físicos e ambientais do local.

g. Alimentação

  • Fornecer lanches leves e seguros, com atenção a alérgenos (glúten, lactose, oleaginosas).
  • Evitar alimentos perecíveis se não houver refrigeração adequada.

h. Responsabilidades Legais e Seguros

  • Ter seguro escolar ou apólice de excursão, cobrindo acidentes e atendimento médico de emergência.
  • Responsáveis devem assinar termo de ciência de riscos controlados, incluindo regras de conduta.
  • Cumprir a legislação aplicável, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e normas do Conselho de Educação

i. Pós-excursão

  • Fazer uma reunião de retorno com os alunos para avaliar a experiência.
  • Registrar em ata ou relatório qualquer incidente ou ocorrência relevante.
  • Compartilhar Relatório Pós-execução com os pais/responsáveis.

 

 


Plano Detalhado de Execução Projeto “Educar para Reciclar”

Duração: 12 meses (renovável)
Etapas do Programa

     Etapa 1: Preparação (1º mês)

  • Seleção da equipe técnica e pedagógica.
  • Parcerias com escolas e cooperativas.
  • Desenvolvimento e impressão de materiais educativos.
  • Elaboração do cronograma de visitas.
  • Treinamento de monitores e educadores ambientais.

    Etapa 2: Execução (2º ao 11º mês)

  • Realização de até 2 visitas por mês (total: 20 grupos).
  • Atividades educativas nas escolas (pré-visita).
  • Oficinas e dinâmicas antes e/ou depois da visita.
  • Avaliação do impacto educativo.

     Etapa 3: Avaliação e Encerramento (12º mês)

  • Compilação de dados e produção de relatório final.
  • Encontro de encerramento com exposição de trabalhos dos participantes.
  • Entrega de certificados e menções a escolas/parceiros.

Estrutura da Visita Guiada

  • Duração média: 2 horas
  • Público por visita: até 40 participantes
  • Faixa etária: 6 a 17 anos
  • Itens obrigatórios: EPI (coletes, máscaras), transporte, lanche, material educativo

Indicadores de Sucesso

  • Nº de participantes por mês e total anual.
  • Percentual de escolas com projetos ambientais após o programa.
  • Participação em oficinas e entrega de trabalhos pelos alunos.
  • Relatos positivos de professores, pais e cooperativas.
  • Redução de resíduos nas escolas participantes.

Sustentabilidade e Continuidade

  • Parcerias com empresas recicladoras e instituições de ensino.
  • Inserção do programa em políticas públicas de educação ambiental.
  • Captação de recursos via editais e leis de incentivo
    (exemplos.: Lei Rouanet, ICMS Ecológico, Mecenas etc.).

 

 

 

 


 

 

 

 


 


 

 

 

Roberto M.F. Mourão / ALBATROZ Planejamento
Para uso e permissões favor contatar: roberto@albatroz.eco.br

 

 

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