Fazenda Estrela do Sul, Goiás
Plano Diretor Turismo Rural
Criação Junho 2023, Atualização Fevereiro 2025
Concepção, Projeto:
- Roberto M.F. Mourão, ALBATROZ Planejamento
- Marcos Martins Borges, geógrafo
- Priscila Vilarinho, turismóloga
Plano Diretor
Um Plano Diretor (Master Plan) é um documento que estabelece diretrizes para o desenvolvimento de uma área específica, como uma cidade, região ou propriedade. Seu objetivo principal é guiar o desenvolvimento de uma área de forma ordenada e sustentável, considerando diversos aspectos, como uso do solo, transporte, habitação, infraestrutura, meio ambiente, entre outros. Costuma ser revisado periodicamente para se adaptar às mudanças nas condições socioeconômicas, ambientais e demográficas.
Objetivo Geral
Este documento visa apresentar propostas para elaboração de um Plano Diretor (Master Plan) para a Fazenda Estrela do Sul, localizada no município de Goiás Velho, Goiás, imóvel de propriedade do sr. Paulo César Pereira.
Objetivo Específico
Este Plano Diretor tem por objetivo específico apresentar uma proposta de construção de uma pousada, aproveitar os atrativos naturais locais e regionais, como por exemplo cachoeiras e poços, e elaborar uma lista de atrações que podem ser implementadas, priorizadas, na conveniência e disponibilidade de recursos do empreendimento.
Fazenda Estrela do Sul
A fazenda está localizada a cerca de 7 km do município de Goiás Velho, na Latitude 15° 59’ 05,4” S e Longitude 50° 06’ 29,4”, encerrando uma área de 83 hectares (17,2 “alqueires goianos”).
Goiás Velho
Goiás, também conhecido como Goiás Velho, é a antiga capital do estado de Goiás, reconhecida em 2001 pela UNESCO como Patrimônio Mundial, por sua arquitetura barroca peculiar, por suas tradições culturais seculares e pela natureza exuberante que o circunda.
Cora Coralina
Goiás é a cidade de Cora Coralina, pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas (Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889 — Goiânia, 10 de abril de 1985), foi uma poetisa e contista brasileira.
Considerada uma das mais importantes escritoras brasileiras, ela teve seu primeiro livro publicado em junho de 1965 (Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais), quando já tinha quase 76 anos de idade, apesar de escrever seus versos desde a adolescência.
Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.
Turismo em Goiás Velho
Município histórico, conserva mais de 90% de sua arquitetura barroco-colonial original, graças ao tombamento, desde os anos 50, desse patrimônio arquitetônico do Século XVIII. A cidade de Goiás é considerada um magnifico mostruário do Brasil oitocentista. Além disso, situa-se dentro de um cenário topográfico, singularmente bonito, dentro de um vale envolvido pelos morros verdes e ao sopé da Serra Dourada. Goiás chamou-se originalmente Vila Boa. Os turistas encontram riquíssima arte sacra nas seculares igrejas e nos museus.
Destaca-se Procissão do Fogaréu: uma das manifestações religiosas mais belas que acontecem na cidade, que começa à meia noite da quarta-feira da semana santa. Neste dia, as encenações sobre a Paixão de Cristo, a celebração, que dá continuidade a uma tradição de pouco mais de 200 anos, consiste em encenar as principais passagens bíblicas que antecedem à crucificação de Jesus pelas ruas da cidade, da qual a Procissão do Fogaréu faz parte. Nela, os farricosos, homens encapuzados com vestes coloridas, carregam tochas acesas entre as ruas escuras, representando o caminho dos romanos até o momento da prisão de Cristo. Na quinta e na sexta-feira são representados o Lava-Pés e a Paixão de Cristo, respectivamente.
Em 2001, o Centro Histórico de Goiás foi declarado Patrimônio Mundial.
Na cidade todos os anos ocorre o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental que tem a participação internacional.
A proximidade da cidade de Goiás, possivelmente o principal indutor de fluxo turístico local, é potencializada pela proximidade de cidades emissoras de turistas de finais de semana e em feriados prolongados como Goiânia (142 km), Anápolis (162 km) Brasília (308 km).
Plano Diretor (proposta)
Prioridades 1: Inventário e Classificação de Atrativos
O inventário de um imóvel rural geralmente inclui uma lista detalhada de todos os ativos e recursos presentes na propriedade: terreno e estruturas, equipamentos e maquinário, animais, produtos agrícolas, recursos naturais, infraestrutura de suporte, documentação e licenças, ativos intangíveis, equipamentos de segurança e proteção ambiental e ativos financeiros.
1. Terreno e Estruturas
área total da propriedade.
- descrição das terras, incluindo áreas cultiváveis, pastagens, florestas, corpos d’água etc.
- descrição de estruturas, como casa principal, casas de campo, celeiros, estábulos, galpões, armazéns, instalações de processamento etc.
- condição física das estruturas.
2. Animais
- lista de animais presentes na propriedade, incluindo gado, ovelhas, cavalos, aves etc.
- descrição de raças, quantidade, idade, saúde etc.
3. Produtos Agrícolas
- inventário de safras plantadas ou colhidas.
- estoque de grãos, fardos de feno, produtos lácteos, carne, etc.
4. Recursos Naturais
- recursos hídricos, como poços, nascentes, córregos, lagos.
- florestas, incluindo tipos de árvores e condição das áreas arborizadas.
5. Infraestrutura de Suporte
- sistemas de irrigação e drenagem.
- redes de eletricidade e água.
- estradas e acessos.
6. Equipamentos de Segurança e Proteção Ambiental
- equipamentos de combate a incêndios.
- sistemas de prevenção de poluição, como armazenamento seguro de produtos químicos.
Prioridades 2: Implementação da Pousada
1. Tamanho
Segundo o Ministério do Turismo, Pousada é um empreendimento de característica horizontal, composto de no máximo 30 unidades habitacionais e 90 leitos, com serviços de recepção, alimentação e alojamento temporário, podendo ser em um prédio único com até três pavimentos, ou contar com chalés ou bangalôs.
Até 20 quartos/suítes, uma pousada terá caráter familiar, se mantém com dificuldade, com resultados que não possibilitarão ter uma administração profissional. Cremos que um empreendimento de até 40 quartos/suítes seja o adequado para possibilitar boas chances de sucesso.
O número mágico é ter um estabelecimento com mais de 20 unidades habitacionais, para garantir receita relevante na alta temporada e cobrir o custo fixo nos meses de menor movimento.
A viabilidade para uma pousada depende de vários fatores, como localização, demanda, padrão de serviço, custos operacionais, entre outros. No entanto, algumas considerações gerais podem ajudar a determinar um tamanho mínimo razoável:
- Demanda do mercado
- Custos operacionais
- Escala de operação
- Oferta de serviços
- Localização e segmento de mercado
Em resumo, não há um tamanho mínimo para uma pousada ser economicamente viável, pois isso depende de vários fatores específicos. Uma análise cuidadosa do mercado, dos custos e das necessidades dos clientes é essencial para determinar o tamanho ideal para uma pousada em uma determinada localização.
2. Sustentabilidade
Item baseado na ABNT NBR 15401 – Norma Meios de Hospedagem, Sistema de Gestão da Sustentabilidade, Requisitos Mínimos. Apesar da certificação não ter uma aceitação nacional como ocorre em destinos turísticos sustentáveis, como p.ex., a Costa Rica, a Norma é repleta de boas práticas que devem ser observadas com atenção caso se queira um empreendimento ambientalmente sustentável.
Princípios (a serem detalhados oportunamente)
- Respeitar a legislação vigente
- Garantir os direitos das populações locais
- Conservar o ambiente natural e sua biodiversidade
- Considerar o patrimônio cultural e valores locais
- Estimular o desenvolvimento social e econômico dos destinos turísticos
- Garantir a qualidade dos produtos, processos e atitudes
- Estabelecer o planejamento e a gestão responsáveis
- Sistema de gestão da sustentabilidade
Áreas Naturais, Flora e Fauna
O empreendimento cumprirá a legislação para a implementação de atividades turísticas em áreas naturais. Conservar área natural própria, empregando as boas práticas de proteção e manejo e conforme o previsto na legislação.
A arquitetura do empreendimento deverá ser integrada à paisagem, minimizando os impactos da implantação durante a construção, a operação e quando houver obras de reparo, ampliações ou outros tipos de alterações, adequados à legislação. A arquitetura das construções deverá ser compatível com o entorno físico e cultural.
Paisagismo
O planejamento e a operação do paisagismo do empreendimento serão efetuados minimizando os impactos ambientais. Para tanto, cuidados serão tomados para que paisagismo reflita o ambiente natural do entorno, inclusive com o uso de espécies nativas.
Resíduos Sólidos
O empreendimento planejará e implementará medidas para reduzir, reutilizar ou reciclar os resíduos sólidos. O planejamento incluirá o estabelecimento de metas de redução, reutilização e reciclagem, de acordo com as condições locais.
A gestão dos resíduos será efetuada de acordo com um Sistema de Gestão de Resíduos Sólidos, com a boa técnica, inclusive os resíduos gerados pelos clientes quando em campo.
Efluentes Líquidos
O empreendimento planejará e implementará medidas para minimizar os impactos provocados pelos efluentes líquidos ao meio ambiente e à saúde pública. As medidas incluirão o tratamento das águas residuais, mediante instalações de tratamento próprias.
Recomenda-se que os efluentes provenientes de sanitárias sejam conduzidos para um Biossistema Integrado que significa uma mudança no conceito do modelo produtivo, onde deixa-se de lado o pensamento em que os resíduos são considerados normais e descartáveis e parte-se para um sistema integrado onde tudo tem utilização e pode ser reaproveitado como matéria prima para um novo ciclo de produção, a utilização total e progressiva das matérias-primas, acompanhada do uso de energias renováveis. É formado de biodigestor, biofiltros, tanques de macroalgas, gerando biogás, biolíquido e biosólidos (biofertilizantes), podendo permitir a criação de peixes e patos.
Eficiência Energética
O empreendimento deverá planejar e implementar medidas para minimizar o consumo de energia, em particular de fontes não renováveis, monitorando o consumo de energia Se possível e pertinente, fará uso de fontes de energia renováveis, considerando o uso de tecnologia solar ou eólica.
A cada dia projetos de “fazendas de energia solar” são utilizadas para redução de custos com energia, sendo conveniente se pensar em projetos de micro/média geração para a pousada. A potência típica de um painel solar atualmente é de 500 W. A faixa de consumo mensal de hotéis varia de 5 mil kWh, para pequenos estabelecimentos, até 30 mil kWh.
O Empreendimento terá implementado um procedimento para assegurar que as luzes e equipamentos elétricos permaneçam ligados apenas quando necessário. Os procedimentos de aquisição de equipamentos e insumos que consomem energia (como lâmpadas, equipamentos de refrigeração, geladeiras e frigoríficos, fogões, aquecedores, lavadoras de roupa, etc.) incluirá como critério sua eficiência energética e a possibilidade do uso de fontes de energia alternativas.
Conservação e Gestão do Uso de Água
O empreendimento planejará e implementará medidas para minimizar o consumo de água e assegurar que o seu uso não prejudica o abastecimento da flora, da fauna e dos mananciais. Também promoverá, quando aplicável, o uso de águas residuais tratadas para atividades como rega, lavagem de veículos e outras aplicações.
Seleção e Uso de Insumos
O empreendimento planejará e implementará medidas para minimizar a utilização de insumos com potenciais impactos ao meio ambiente e promover o consumo responsável em relação à sustentabilidade, utilizando produtos de limpeza biodegradáveis.
Requisitos Socioculturais para o Turismo Sustentável
As operações e práticas do empreendimento contribuirão para reconhecer, promover e respeitar o patrimônio cultural das regiões e as tradições e valores culturais não predatórios, e contribuirá para o desenvolvimento social e econômico dos trabalhadores e comunidades envolvidas na cadeia produtiva.
Trabalhadores das comunidades locais ou regionais
O empreendimento empregará, na maior extensão viável, trabalhadores (empregados, subcontratados ou autônomos) das comunidades locais ou regionais, promovendo ações de capacitação profissional, de modo que pessoas das comunidades locais ou regionais possam obter trabalho diretamente na pousada ou pela ativação de cadeias produtivas regionais.
Infraestrutura
A infraestrutura de uma pousada pode variar dependendo do tamanho da propriedade, do segmento de mercado, da localização e dos serviços oferecidos. No entanto, aqui estão alguns elementos comuns que podem compor a infraestrutura de uma pousada
Recepção
Área onde os hóspedes são recebidos, fazem check-in e check-out e podem obter informações sobre a pousada e a área circundante.
Acomodações
Quartos ou suítes onde os hóspedes ficam hospedados. Eles podem variar em tamanho, estilo e comodidades, dependendo do padrão da pousada.
Áreas de Convivência
Espaços comuns onde os hóspedes podem socializar e relaxar, como salões, salas de estar, varandas, jardins ou áreas de piscina.
Bar, Restaurante e/ou Área de Refeições
Algumas pousadas oferecem serviços de refeições no local, que podem variar desde um café da manhã simples até refeições completas ao longo do dia.
Cozinha / Despensa
Se a pousada oferecer serviços de alimentação, ela precisará de uma cozinha para preparar as refeições e de uma despensa para armazenamento de mantimentos.
Área de Lazer
Pode incluir piscina, área de spa, academia, sala de jogos, entre outros, dependendo das comodidades oferecidas pela pousada.
Estacionamento
Se a pousada estiver localizada em uma área onde os hóspedes precisam de transporte próprio, é importante oferecer estacionamento seguro e conveniente.
Serviços de Apoio
Isso pode incluir lavanderia, serviço de quarto, Wi-Fi, aluguel de bicicletas, serviço de concierge, almoxarifado, manutenção, entre outros.
Áreas de funcionários
Espaços para equipe, como escritório administrativo, áreas de descanso, vestiários e eventualmente, dormitório.
Segurança
Sistemas de segurança, como câmeras de vigilância e fechaduras seguras, para garantir a segurança dos hóspedes e funcionários.
Processo Produtivo
A ser detalhado oportunamente.
Reserva
O departamento de reservas é responsável pelas vendas, ou seja, pela ocupação dos quartos da pousada. o hóspede entra em contato com a Pousada para obter maiores informações sobre o estabelecimento.
Recepção do Cliente
A entrada do hóspede na pousada chama-se check-in. A recepção é a primeira impressão que o hóspede terá do seu estabelecimento, sendo importante que os funcionários estejam a postos para atendê-lo evitando ao máximo deixar o cliente.
Período de Permanência
O hóspede poderá usufruir dos mais diversos serviços, como restaurante, serviço de quarto, serviço de transporte, serviço de lavanderia, entre outros que sua pousada planeje oferecer.
Saída do Cliente
A saída do hóspede da pousada chama-se check-out. Tem início quando o hóspede retira seus pertences do quarto e entrega a chave na recepção, geralmente às 12:00h.
Exigências Legais
Para registrar uma pousada, a primeira providência é contratar um contador – profissional legalmente habilitado para elaborar os atos constitutivos da empresa, auxiliá-lo na escolha da forma jurídica mais adequada para o seu projeto e preencher os formulários exigidos pelos órgãos públicos de inscrição de pessoas jurídicas. Mas, no momento da escolha do contador, deve-se dar preferência a profissionais que sejam especializados em turismo e negócios afins.
No processo de abertura da pousada é necessário que se cumpram os seguintes procedimentos:
- Registro na Junta Comercial
- Registro na Secretaria da Receita Federal (CNPJ)
- Registro na prefeitura municipal, para obter o alvará de funcionamento
- Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema “Conectividade Social” (INSS/FGTS)
Além das exigências acima, há uma série de regulamentos para a constituição e o funcionamento de uma pousada. É necessário o conhecimento de toda a legislação relacionada à atividade, tais como:
- Regulamento Geral dos Meios de Hospedagem.
- Decreto no046/2005 – regula o cadastramento no Ministério do Turismo dos prestadores de serviços turísticos hoteleiros.
- Decreto no 84.910/1980 – regulamenta dispositivos aos Meios de Hospedagem de Turismo.
- Lei no771/2008 – trata da Política Nacional do Turismo e dos meios de hospedagem.
- Lei no 8078/1990 – regula a relação de consumo – Código de Defesa do consumidor.
- Lei no 9605/1998 – regulamenta as sanções penais e administrativas por condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.
- Lei no 8623/1993 – Dispõe sobre a profissão de guia de turismo e dá outras providências.
- Deliberação Normativa no 429/2002 – Regulamento Geral de Meios de Hospedagem.
- Deliberação Normativa no 232/1987 – determina a inclusão de programas de treinamento de mão de obra nos projetos/ empresas que pleitearem o acesso a benefícios.
- Deliberação Normativa no 070/1980 – determina normas para apresentação à Embratur dos projetos de construção e ampliação de Meios de Hospedagem, em todo o território nacional, que visem à obtenção dos incentivos e estímulos fiscais.
- Deliberação Normativa no 429/2002 – regulamenta a classificação dos meios de hospedagem, e traz como anexo o Regulamento dos Meios de Hospedagem, onde estão descritos os requisitos mínimos para o funcionamento do Meio de Hospedagem, as condições de contratação dos serviços de hospedagem e o conceito de empresa hoteleira, meio de hospedagem e as expressões usualmente consagradas no exercício da atividade.
- Resolução de Diretoria Colegiada – RDC no 216/2004 da ANVISA que regulamenta as Boas Práticas para Serviços de Alimentação.
Prioridades 3 – Criar Atrações Turísticas Diferenciadas
Criar atrações turísticas para diferenciar de outras pousadas regionais, criando uma imagem única.
As atrações sugeridas são as que possam não só diferenciar e induzir fluxos de visitantes assim como possibilitar criação de animais da fauna silvestre do Cerrado para produção de produtos para consumo e comercialização de, p.ex., carnes exóticas para servir no restaurante e fornecimento para mercados consumidores regionais.
Pôr do Sol com Serviços
Construir um deck com vista para o por do sol e oferecer serviços de alimentação e bebida diferenciados bem como música direcionada para um público específico. Público: na faixa de 25 a 40 anos de moradores e turistas (estilo Piriloundge de Pirenópolis).
Almoço/Jantar Especial em Finais de Semana e Feriados
Restaurante com vista panorâmica e com refeições especiais em finais de semana e feriado. Público de maior renda de Goiás e turistas.
Trilhas para Caminhadas e Contemplação da Natureza
Goiás Velho é destino para quem faz o Caminho de Cora Coralina e a busca por trilhas apresenta uma demanda crescente no turismo. Criar trilhas na propriedade e, se possível, para feriados prolongados, até a Serra Dourada, em parceria com o Parque Estadual.
Pet Friendly
Outra setor que apresenta demanda crescente. Criar espaço específico para Pets ao ar livre, se possível na beira d’água, um poço ou cachoeira.
Nos últimos anos, o termo “pet friendly” tem ganhado cada vez mais força nos estabelecimentos e isso se deve em grande parte, ao fato de que muitas pessoas consideram seus animais de estimação como membros da família e gostariam de viajar com a companhia deles, ao invés de deixá-los sozinhos em casa ou em locais específicos para eles.
Em primeiro lugar, oferecer acomodações que aceitam os animais de estimação pode aumentar a ocupação do hotel, visto que atrairá mais hóspedes que viajam com seus pets. Além disso, pode ser uma fonte adicional de receita, como taxas cobradas pelos serviços de acomodação animal.
Sendo assim, os proprietários e responsáveis do estabelecimento devem planejar e pensar em formas de receber os pets da melhor maneira, para conquistar mais clientes.Na prática, esse termo passa a ideia de que o local é liberado e adequado para os animais domésticos como cães e gatos. Vale ressaltar que nem sempre os gatos domésticos gostam de sair de casa.
A Booking realizou uma pesquisa na qual revela que cerca de 46% dos brasileiros escolhem o seu próximo destino de férias/viagem, baseado no quão “pet friendly” o lugar é. O termo “aceita pets” é o terceiro mais utilizado na seção de comodidades da Booking no Brasil.
Atendimento do Fluxo de Turistas Pescadores o Rio Araguaia
A rodovia GO 060 tem um grande fluxo de turistas para o Araguaia, especialmente nos feriados e férias. Um alimentação e um mini mercado com itens comuns ao Araguaia (Ex. iscas, caixa de isopor, repelentes, e uma lanchonete/restaurante por quilo) podem atrair turistas para o empreendimento.
Produção de uvas e vinho, entrar na rota de vinhos e queijos
O vinho do Cerrado brasileiro está causando impacto na indústria vinícola, capturando a atenção de conhecedores e entusiastas. Por muito tempo ofuscado por regiões mais estabelecidas, o Cerrado está surgindo como um lugar promissor no mundo da viticultura.
A técnica usada nas vinícolas do Cerrado é a dupla poda, que permite que a colheita da uva seja feita em seu ponto máximo de maturação e durante o inverno, quando há poucas chuvas na área.
Nesse contexto, o solo exerce grande influência sobre a produtividade e qualidade das uvas pois a fertilidade deve ser tal que suporte duas produções no ano. Apesar de se adaptar a diversos tipos de solos, estes devem ser ricos em matéria orgânica, sendo os melhores aqueles de textura média. Com uma exigência hídrica entre 500 a 1200 mm, dependendo do clima e da duração do ciclo, a baixa disponibilidade hídrica do Cerrado, exige irrigações. Portanto, a viticultura no cerrado só é possível mediante correções de acidez no solo, adubação e irrigação (que aumentam significativamente os custos de produção), exigindo um investimento inicial elevado e uma mão-de-obra especializada, que se colocam como um grande desafio para a produção da fruta.
O sucesso dos vinhos do Cerrado também trouxe atenção para as ofertas culturais e culinárias da região. Além disso, as vinícolas estão se tornando destinos para o turismo, oferecendo aos visitantes a oportunidade de desfrutar de degustações e passeios.
Assim, em 2022, as cidades goianas Pirenópolis, Corumbá de Goiás e Cocalzinho se organizaram para formar uma nova rota turística focada nos vinhos, uvas e queijos do cerrado. Juntas, as três cidades buscaram no Sebrae uma orientação para a criação e posicionamento da marca dessa rota.
Criação de Animais Silvestres para Povoamento, Exposição e Consumo
Conservacionistas apontam a criação de animais silvestres com finalidade comercial como um dos caminhos para a preservação de algumas espécies da fauna brasileira, especialmente as que possuem potencial zootécnico, como a Capivara (Hidrochoerus hidrachaeris), a Paca (Agouti paca) e a Ema (Rhea americana), para citar algumas.
Essa espécies sofrem com a caça predatória e a destruição de seus habitats, o que leva a uma diminuição progressiva de suas populações, e que pode levá-las à extinção.
A demanda pelo seus produtos, principalmente a carne e couro, e outros subprodutos, óleos, plumas etc., não está atendida, o que abre um imenso potencial econômico e zootécnico para essas espécies. Além disso, essas criações podem significar novas alternativas para o produtor rural, gerando renda e progresso social no campo.
Essa atividade encontra-se em incipiente estado de exploração no Brasil, exceto São Paulo, que conta com dezenas de criadouros dessa natureza, contra raras iniciativas em outros estados, o que os leva a importar carne paulista para abastecer seus restaurantes. Vale ressaltar que o consumo de “carne de caça”, “carnes exóticas”, de animais silvestres vem aumentando e ganhando cada vez mais adeptos, como vem sendo anunciado constantemente pela mídia. A produção não atende sequer a demanda interna do Estado de São Paulo.
A Portaria nº 117/1997 Ibama, normatiza a criação com finalidade econômica e comércio de animais da fauna silvestre. O produtor rural ou empresa que comercializar animais silvestres vivos, abatidos, partes e produtos deverão possuir nota fiscal, contendo o número de registro junto ao IBAMA, especificação do produto e espécie comercializada, quantidade, unidade de medida e valor unitário.
Num primeiro momento, a criação de animais silvestres se concentraria em pacas e cateto, que tem carne de excelente paladar e aceitação.
Premissas para a Criação de Animais Silvestres
Antes de iniciar a criação de animais silvestres, é crucial considerar vários aspectos:
- Legislação Ambiental
- Bem-Estar Animal
- Conservação
- Mercado e Demandas
- Viabilidade Econômica
Em resumo, a criação de animais silvestres pode ser uma atividade viável em determinadas circunstâncias, mas requer um planejamento cuidadoso, respeito à legislação ambiental, preocupação com o bem-estar animal e uma análise detalhada de viabilidade econômica e de mercado.
A criação de animais silvestres da fauna brasileira como negócio é uma questão delicada devido às leis de proteção ambiental. No Brasil, a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98) estabelece penas para quem pratica atividades de comércio ilegal de animais silvestres. Além disso, há o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), responsável por regulamentar e fiscalizar a criação e comercialização de animais silvestres.
Se alguém pretende iniciar um negócio envolvendo animais silvestres, é essencial estar ciente das regulamentações específicas e obter todas as licenças necessárias do IBAMA. Isso inclui licenças para a criação, transporte e comercialização desses animais.
No entanto, é importante considerar que a criação de animais silvestres exige conhecimento técnico especializado, instalações adequadas e um compromisso sério com o bem-estar dos animais. Além disso, o mercado para esses animais pode ser limitado e sujeito a flutuações, especialmente devido à conscientização ambiental crescente e à pressão para conservar espécies ameaçadas.
Se alguém estiver interessado nesse tipo de negócio, é crucial realizar uma pesquisa detalhada, considerando todos os aspectos legais, éticos e práticos envolvidos. Também é importante buscar orientação de profissionais qualificados e se envolver em organizações que promovam a conservação da vida selvagem.
Ação Ambiental: Programa de Reintrodução
Ambientalmente fala-se em Compensação Ambiental, mecanismo financeiro que visa contrabalançar os impactos ambientais previstos ou já ocorridos na implantação de um empreendimento. É uma espécie de indenização pela degradação, na qual os custos sociais e ambientais identificados no processo de licenciamento são incorporados aos custos globais do empreendedor. Porém compensar passa a ideia que se fez algo errado que necessita ressarcimento. Nesse caso entendemos Ação Ambiental uma ação espontânea, voluntária, em prol da reposição de fauna silvestre extinta ou em perigo de extinção.
Segundo a portaria n.º 118/1997 que normatizar o funcionamento de criadouros de animais da fauna silvestre brasileira com fins econômicos e industriais, é facultado ao Ibama, sempre que necessário, exigir do criadouro a colocação do quantitativo de espécimes que foram capturados, ou parte dele, a disposição, para atender programas de reintrodução ou para a implantação de novos criadouros que tenham importância e caráter social, comunitário ou demonstrativo
Além da possibilidade de repovoar a fauna silvestre da Fazenda Estrela do Sul, a proximidade de duas unidades de conservação regionais, o Parque Estadual Serra Dourada e a Reserva Biológica da Universidade Federal de Goiás, com a possibilidade de estabelecer parceria com a universidade para a criar um programa de reintrodução, monitoramento e manejo de animais silvestre contribuindo para pesquisa, educação ambiental e turismo de natureza.
Link para o Paraty Ecoparque
Roberto M.F. Mourão / ALBATROZ Planejamento
Para uso e permissões favor contatar: roberto@albatroz.eco.br