

Proposta de Projeto de Parque Ecológico
Educação e Vivência Ambientais
Morcegário
Pela má fama que tem os morcegos, uma proposta de criar um Morcegário vem de encontro de não só desmitificar essa fama assim como apoiar sua proteção por meio da informação, sensibilização e educação ambiental para crianças, jovens e adultos.
Para que impactos à diversidade biológica sejam reduzidos, dentre as medidas de conservação necessárias, é importante a existência de trabalhos educativos que busquem a sensibilização para a tomada de consciência das pessoas acerca da problemática ambiental atual e da responsabilidade da espécie humana em relação à preservação ambiental.
No Brasil encontram-se algumas espécies ameaçadas, dentre elas, os morcegos insetívoros, particularmente, para os Morcegos ou Quirópteros , uma variação na disponibilidade dos recursos em ambientes fragmentados pode alterar a estrutura da comunidade desses animais.
Os Morcegos
Os morcegos pertencem à ordem Chiroptera, palavra derivada do grego cheir (mão) e pteron (asa), indicando que a asa de um morcego é uma mão altamente modificada.
Os Morcegos ou Quirópteros são os mamíferos que apresentam estruturas especializadas que permitem o voo verdadeiro.
Os quirópteros também apresentam uma diversidade biológica que os torna um dos grupos mais diversificados da classe Mammalia.
Devido a sua elevada diversidade, ampla distribuição e exclusividade no grupo dos mamíferos ao conter estruturas especializadas que permitem o voo verdadeiro, são animais que desempenham importantes funções dentro dos ecossistemas.
Atualmente no Brasil, encontram-se cerca de 178 espécies de morcegos, pertencentes a nove famílias. Além disso, são ecologicamente diversos, distribuídos em 18 famílias, 202 gêneros e cerca de 1300 espécies, sendo considerado o segundo maior grupo de mamíferos em número de espécies, somente atrás da ordem Rodentia.
O papel ecológico prestado através do processo de polinização, dispersão de sementes e consumo de insetos, por exemplo, evidencia quão fundamental é conservação desses animais. No entanto, o aumento crescente da urbanização, principalmente na faixa da Mata Atlântica resulta em redução significativa da sua diversidade original.
A importância ecológica dos morcegos é ignorada e estes costumam ser lembrados como animais indesejáveis e causadores de doenças.
Não obstante, muitas fantasias e lendas causam temor na população, gerando confusões e atitudes indevidas, como tentativas de exterminá-los.
Alguns comportamentos de morcegos, como o hábito alimentar dos hematófagos, correspondem à realidade, porém as interpretações da sociedade adquirem um caráter fantasioso e raramente são analisadas com profundidade no contexto em que foram criadas.
Interpretações descontextualizadas persistem e são responsáveis por superstições que avaliam os morcegos como animais “perigosos e agressivos, representando o mal, embora novas técnicas de estudo tenham ampliado e ajudado a esclarecer muitos aspectos da história natural dos morcegos”.
O ensino não contextualizado sobre o modo de vida dos morcegos, os mitos que permeiam a vida desses animais, os hábitos noturnos, a morfologia e a aversão que as pessoas sentem, reproduz-se através de atitudes anticonservacionistas, tais como agressões físicas, “disparos de baladeiras, queima de pneus dentro de cavernas e a utilização de pomadas venenosas em suas costas para diminuir o tamanho da população”, ações que dificultam as estratégias de conservação desse grupo animal.
Sabendo disso, se comenta que aumentou a preocupação de muitos estudiosos que trabalham com morcegos, buscando formas de conscientização do público sobre esses animais, para o desenvolvimento de atitudes harmonizadoras e de proteção.
Desta preocupação, nasceram iniciativas para promover a conscientização, entre elas sobre a intervenção através do ensino, da educação ambiental não formal.
Metodologias que diferenciem o cotidiano escolar têm sido relatadas como formas de levar o estudante para a construção do próprio conhecimento contrapondo o método tradicional de transmissão-recepção de informações.
Um ensino que desmistifique o preconceito sobre os morcegos e ressalte sua importância na sociedade e na natureza se faz necessário para que os estudantes compreendam a importância desses animais no ambiente, fornecendo uma alternativa educacional que mude sua postura em relação a diferentes animais, especialmente, no que diz respeito aos morcegos.
No construtivismo, as concepções do indivíduo são formadas a partir da interação ativa deste com o mundo, sendo o conhecimento uma forma de construção humana. O processo de ensino e aprendizagem destaca-se em que o conhecimento só passa a ser significativo para o aluno à medida que a nova informação se liga àquilo que o aluno já conhece, ou seja, os conceitos prévios.
O objetivo é desmitificar o conhecimento de senso comum de que morcegos causam prejuízos para o homem e para a natureza, promovendo a percepção mais adequada dos mesmos e incentivando crianças, jovens, adultos a reconhecerem o importante papel desempenhado por estes animais.

Projeto Paraty Ecoparque
- EcoParque – Visão, Missão, Objetivos, Valores e Aliados
- EcoParque – Contexto Regional / Patrimônio Mundial Unesco Misto, Natural e Cultural
- EcoParque – Educação Ambiental
- EcoParque – Centros de Educação Ambiental
- EcoParque – Categorias de Uso e Manejo de Fauna Silvestre
- EcoParque – Proposta de Programa do Paraty Ecoparque
- Espaços de Educação Ambiental
- EcoParque – Ranário – Anuros: Sapos, Rãs e Pererecas / Espécies da Mata Atlântica
- Ecoparque – Morcegário
- EcoParque – Jardim dos Colibris / Beija-flores
- EcoParque – Meliponário / Abelhas-nativas-sem-ferrão
- EcoParque – Borboletário
- EcoParque – Armadilha de Luz para Insetos Noturnos
- EcoParque – Formigário ou Fazenda de Formigas
- EcoParque – Piquete Animais Silvestres
- EcoParque – Passarela e Mirante de Observação de Manguezal
Anexos
- Anexo I – Educação Ambiental, Diversidade e Complexidade
- Anexo II – Borboletas e Mariposas/ Insetos de metamorfose completa
- Anexo III – Anuros: Sapos, Rãs e Pererecas
- Anexo IV – Meliponários / Abelhas-nativas-sem-ferrão
- Anexo V – Fauna Silvestre – Anta (Tapirus Terrestris)
- Anexo VI – Fauna Silvestre – Cateto (Pecari Tajacu)
- Anexo VII – Fauna Silvestre – Paca (Cuniculus paca)
- Anexo VIII – Fauna Silvestre – Jabuti (Chelonoidis carbonaria)
- Anexo IX – Passarela de Observação e Interpretação de Manguezal
- Anexo X – Jardim dos Colibris, La Paz Waterfalls Gardens, Costa Rica (Estudo de Caso)
- Anexo XI – Infraestrutura para Observação de Aves
- Anexo XII – Uso Sustentável de Manguezais
- Anexo XIII – Educação Ambiental no Manguezal
- Anexo XIV – Conversão de Multas Ambientais em Ações Ambientais
- Observação de Aves / Birdwatching / Birding
- Torres e Passarelas de Copada / Canopy Towers & Walkways
- Manuais Albatroz/EcoBrasil – Downloads
© Roberto M.F. Mourão / ALBATROZ Planejamento
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