Criadouro de Animais Silvestres
Criadouro de Pacas (Agouti paca)
Autoria: Roberto M.F. Mourão, Albatroz Planejamento
Fonte: Fabio Osken, Zoo Assessoria
Esse projeto arquitetônico é ilustrativo e não tem relação com as informações desta página.
Projeto de Criadouro de Pacas
A Paca (Agouti paca), é nativa dos bosques tropicais, desde o sul do México até o Brasil.
Devido a alta qualidade de sua carne, os habitantes dessa faixa do continente americano vêm tentando criá-las em cativeiro durante anos.
Essas experiências demostraram que, modificando o comportamento original durante as fases iniciais da sua vida, esta se converte em um animal sociável, perdendo sua agressividade. Vivendo em grupos, em vez de pares, pode-se aumentar as taxas de reprodução, tornando a criação uma atividade rentável.
Para o apoio para esta iniciativa do manejo sustentável de fauna, dentro das exigências legais e respeitando o bem-estar dos animais através de instalações e manejo adequados. a propriedade plantará e possui áreas para plantios de frutíferas, abóbora, milho e mandioca, para os animais silvestres do criadouro.
Objetivos dos Criadouros
- Produzir e fornecer grupos sociais controlados e socializados para novos criadores;
- Produzir animais destinados ao abate (machos excedentes e descartes), em uma segunda etapa, para consumo próprio, dentro da propriedade.
Regime de Criação: Semi-intensivo em piquetes
Cada grupo social fundador, alojado em um piquete de reprodução, representará um módulo de reprodução.
Descrição Técnica do Manejo
Em todas as fases da criação de pacas, o manejo exigirá vigília e atenção constante por parte do tratador, proprietário/criador e responsável técnico.
Todas as observações serão anotadas pelo tratador, e comunicadas quaisquer anormalidades imediatamente ao criador, que repassará ao responsável técnico, para que sejam tomadas as devidas providências.
Plantel Pretendido
No setor de reprodução e cria, será utilizada a relação de 1 macho para até 5 matrizes.
O projeto possui 2 piquetes para reprodução, 1 de recria e outro de engorda e apartação, além da quarentena.
Este criadouro abrigará reprodutores a serem adquiridos de criadores já registrados. Caso haja alguma apreensão poderemos receber animais do CETAS, mas existem recursos reservados para mais aquisições.
Alcançaremos um plantel possível máximo de 20 matrizes e 4 machos reprodutores.
Fase de Cria (Setor de Reprodução)
Este manejo será adotado nos piquetes de apartação para parições.
Os animais ficarão alojados nestes recintos, onde haverá apenas uma caixa ninho, o que forçará a socialização do grupo. As fêmeas entrarão no cio e serão cobertas pelo único macho da colônia. As que não ciclarem por dois anos serão descartadas e vendidas para o abate, com a devida permissão/autorização do estado, se for fundadora do plantel. De qualquer forma será substituída por outra matriz.
Se constatada a cópula, o tratador fará esta anotação no diário, para cálculo de previsão do parto. Se a macho não demonstrar forte libido, não perseguindo as fêmeas, também será substituído.
De 4 em 4 anos haverá permuta de macho para quebrar preferências (hierarquia entre fêmeas).
Todas as matrizes que apresentarem sintomas de proximidade com o parto, que são o aumento de volume do abdômen e intumescimento e inchaço das tetas, serão apartadas para um piquete de apartação para matrizes pré-parto. Esta medida tem o objetivo de se evitar o infanticídio, comum nas criações em colônias.
Caso apareça com a cria viva no piquete antes de ser identificada a fase pré-parto, será imediatamente transferida para outro piquete (piquetes de apartação). Após o desmame, em média 40 dias, e quando os filhotes estiverem se alimentando de dieta sólida, as matrizes serão reincorporadas ao grupo. Sua cria será então transferida para um piquete de recria, onde após os 5 meses terá sua destinação definida.
O processo de formação do grupo com até 5 matrizes e 1 macho requer procedimentos específicos que serão detalhados a seguir.
Após o desmame aos 75 dias, no máximo 90 dias, os jovens serão transferidos para o piquete 8 de desmama inicial, e ficarão por mais 15 dias, até serem transferidos para os piquetes de recria.
No piquete iremos recriar animais destinados a formar novos grupos, que serão selecionados e transferidos para um recinto de reprodução (piquete), até alcançarmos a estabilização do plantel.
A origem do plantel fundador será a aquisição de animais de criadores comerciais autorizados e possíveis recepções de animais de CETAS, ou instituições oficiais como a Polícia Florestal/ Ambiental, no caso de apreensões por exemplo.
Processo de Socialização / Formação de Grupos Sociais
Inicialmente iremos introduzir os machos no piquete. Após o período de acomodação e reconhecimento do território, inicia-se o processo de formação dos grupos sociais.
As fêmeas serão introduzidas uma a uma, até totalizarmos 5 matrizes, da seguinte forma:
- Iremos enjaular a fêmea em gaiola apropriada.
- Colocaremos a gaiola com a fêmea dentro do piquete.
- Macho inicia o reconhecimento, urinando e esfregando-se na gaiola, procurando “marcar” a fêmea.
- Tratador responsável entra em sistema de plantão constante, observando o comportamento dos animais. A alimentação ocorrerá de dia e em horários definidos.
- Aguarda-se o momento em que o macho e demais fêmeas não mais apresentem agressividade, caracterizando a aceitação. A observação concentra-se no comportamento dos outros animais já alojados, em relação ao introduzido. Os sinais mais evidentes de que se pode efetuar a soltura é a indiferença e perda da curiosidade do grupo com o novo membro. É quando eles cessam as aproximações, no início freqüentes, da gaiola introduzida com o indivíduo a ser compatibilizado.
- Confirmado a estabilização desse comportamento, desenjaula-se a fêmea, intensificando-se a vigília e atenção para detectar a tempo qualquer ataque ou agressividade.
- Este processo de socialização tem a duração prevista de 20 a 60 dias. Animais jovens necessitam de um período menor, ao passo que os mais velhos demandam mais tempo.
Nos piquetes iremos identificar animais que se compatibilizaram e aproximaram.
Fase de Recria
Após 10 dias no piquete pós desmama, os animais desmamados serão submetidos a um manejo sanitário e nutricional no piquete de recria, onde permanecerão até os 5 – 6 meses.
Todos os jovens, machos e fêmeas, nascidos em um período de 3 meses podem formar um grupo. Quando completarem 9 -16 semanas, iremos selecionar os machos mais sociáveis e saudáveis para pais de futuros grupos polígamos. Os outros machos serão separados do grupo a partir dos 4 meses, quando alcançarem 5 kg. Serão mantidos juntos até atingirem 6 kg quando serão comercializados. Serão reservados alguns dos machos mais dóceis deste último grupo para que substituam os reprodutores selecionados, caso estes não sejam capazes de procriar.
Nesta fase de recria, receberão dieta mais rica em energia, com inclusão de toletes de cana de açúcar e maior quantidade de milho.
Engorda e Terminação
Os animais desmamados irão ser submetidos a manejo sanitário e nutricional no piquete de engorda, onde permanecerão até os 8 – 9 meses, quando então poderão ter os seguintes destinos:
- Transferidos para novos piquetes de reprodução, em grupos de 5 fêmeas e 1 macho, para serem incorporados ao plantel ou comercializados como grupos socializados para novos criadores registrados. Caso sejam mantidos no plantel serão submetidos ao manejo descrito no item anterior.
- Constituírem grupos de machos excedentes a serem engordados (terminados), nos piquetes de terminação, visando o abate com peso médio de 8 quilos, aos 9 – 10 meses.
Fase de Chegada ao Criadouro e Adaptação
Os animais recém-chegados serão encaminhados ao piquete de quarentena, onde será realizado o procedimento de quarentena. Os animais serão examinados, vermifugados e alimentados até estarem acostumados ao manejo, horários, tipos de alimentos e a mostrarem aspecto saudável. A partir daí serão submetidos ao processo de incorporação aos grupos sociais (socialização).
Este consiste em:
- Realizar quarentena para acomodação do animal ao cativeiro e realizar a sexagem. Determinado o sexo, as fêmeas serão introduzidas nas baias ou piquetes, cada qual com seu macho reprodutor. O excedente de machos será agrupado em piquetes. Os indivíduos que apresentarem as características desejáveis serão selecionados para reprodução, e os outros constituirão lotes de recria/terminação, visando permutas e comercialização.
- Início da formação dos grupos sociais com agregação de fêmeas compatíveis com o macho. Cada fêmea primeiramente será colocada em uma gaiola por tempo variável até que o grupo a reconheça.
- Soltura no piquete
- Observar aceitação.
- Se aceita, o plantão constante de observação continuará com anotações periódicas, até que se confirme a compatibilidade total.
- Em caso de não aceitação, retornar o animal ao piquete de apartação e, posteriormente, tentar nova reintrodução.
Sistema de Marcação
- Interna
Sistema eletrônico, com a implantação de microchips, em todas as fases da criação. A marcação será feita por ocasião do desmame. - Para Comercialização de Animais Vivos
Sistema eletrônico, com a implantação de microchips. A marcação será feita por ocasião do desmame. A marcação eletrônica além de ser a mais eficiente para controle do rebanho, é uma das exigências do Estado
Projeto Arquitetônico – Unidade de Manejo no Sistema Semi-Intensivo em Piquete
Destinação das Instalações
- Piquete 1 – reprodução e cria – recepção dos animais iniciais
Será feito na primeira etapa. - Piquete 2 – reprodução e cria – Recepção dos animais iniciais
Será feito na segunda etapa. - Piquete 3 – recria – recepção dos animais iniciais
Será feito na segunda etapa. - Piquete 4 – engorda – recepção dos animais iniciais
Será feito na segunda etapa
- Recinto Quarentena
Será feito na primeira etapa
Assim, neste empreendimento, na primeira fase será construído apenas o piquete 1 e o de quarentena, e os demais piquetes, idênticos e vizinhos ao piquete 1, serão construídos conforme a reprodução ocorra e o plantel evolua.
Piquete
- A cerca dos piquetes são constituídas de uma mureta em alvenaria com 30 cm de altura, após esta altura completamos com tela de arame galvanizado até o teto. Abaixo da cerca existe um baldrame de 50 cm de concreto, em toda a sua extensão.
- A tela é do tipo alambrado, com fio 12 e malha de 5cm, ou tela prática da BELGO, malha 10 x 5. Em uma primeira etapa será construído 1 piquete e 1 quarentena, e que serão vistoriadas após e solicitação da vistoria.
Características
- O local não é área de preservação permanente.
- Em todo o piquete o piso será folhiço (cobertura de folhas secas sobre o chão), de terra e grama,
- Serão construídos portões de tubo galvanizado e tela de arame, com fechadura segura que possa ser aberta por dentro e por fora. E com mola.
O Criame (ação de formar, criar, fundar; formação, fundação) não possui iluminação, por isto não tem a planta elétrica, e se preciso for algum manejo noturno serão usadas potentes lanternas.
Plano em Caso de Fuga
Todas as medidas para evitar a fuga dos animais serão tomadas, como evidenciado na planta arquitetônica. Telas super-resistentes impedem as fugas. Se acaso ocorrerem, haverão sempre instaladas tocas de toco oco entorno dos criadouros, a fim de atrair os animais que fugirem. Todos os tratadores e funcionários da fazenda serão treinados sobre os procedimentos para tentar recapturar, seguindo um plano de atrair os animais. Armadilhas, conforme está em anexo serão utilizadas a fim de recapturar.
Dimensões e Densidades dos Recintos
- Piquetes de Criação
- Área 25 m2 cada (5,0 x 5,0 metros)
- Alojará até 6 animais
- Densidade = 4,15 m2/animal
- Piquete de Quarentena
- Área de 9 m2.
- Alojará até 3 animais.
- Densidade máxima = 3,0 m2 / animal.
Abrigos Artificiais
Serão feitas 4 tocas, uma para cada piquete, de madeira ou alvenaria e que possuirão 2,0 metros de comprimento, que servirão de abrigo aos animais, em todos os piquetes, e que serão denominadas caixas-ninho. Exercerão a função da toca na natureza. Cada caixa ninho, contará com duas entradas/saídas.
Detalhes construtivos e dimensões
Deverão ser colocadas pequenas manilhas, troncos ocos ou bambus de bitola que só deixe entrar filhotes, e que devem ser colocadas em cada piquete.
Bebedouro / Piscina
Será uma pequena piscina por piquete. Cada piscina mede 1,0 m².
A piscina possui um tubo de drenagem para esvaziá-la e eliminar a urina, fezes e outros dejetos produzidos pelos animais.
Aspectos Sanitários das Instalações
O piso do piquete é natural. Será feita uma limpeza rigorosa diária no piquete, na parte da manhã, com retirada manual dos dejetos sólidos, e que serão utilizados como adubo orgânico na horta e no pomar. Após isto, serão retirados restos de alimentos do dia anterior e os piquetes serão varridos.
As piscinas são esvaziadas diariamente e terão a água totalmente renovada. Semanalmente as piscinas são lavadas com escovão de aço e desinfetadas.
Abastecimento e Drenagem
A água que abastece o criatório é oriunda de mina que abastece a fazenda e vem de uma caixa de água. Não há efluentes pois as urinas e fezes se incorporarão ao solo, e as fezes retiradas usadas como adubo.
Os efluentes das piscinas serão conduzidos para uma caixa de coleta de alvenaria, e integralmente utilizados na fertirrigação de culturas agrícolas, como será observado na vistoria.
As instalações de abastecimento e drenagem serão feitas com tubos de PVC. A água será proveniente de um reservatório e será distribuída pelas torneiras que abastecerão as piscinas.
Toda atenção será dada a destinação final dos resíduos para que não ocorra nenhum impacto negativo no Meio Ambiente.
Medidas Higiênico Sanitárias
A doença é o resultado da implantação, crescimento e multiplicação de microorganismos, trazendo prejuízos ao organismo do hospedeiro. Os fatores que desencadeiam as doenças, muitas vezes, são alimentação inadequada, falta de higiene, estresse ou qualquer outro fator que cause baixa imunidade.
O sistema imunológico é o sistema de defesa do organismo contra todos os agentes causadores de doenças. A imunidade que um indivíduo possui é a capacidade que o organismo tem de se defender.
Existem 2 tipos de imunidade
- Imunidade natural – transmitida da mãe para o filhote;
- Imunidade adquirida – adquirida através da vacina ou contato com antígenos.
Entre os principais agentes causadores de doenças estão os vírus, as bactérias, os fungos e os protozoários. A forma de transmissão é pelo trato digestivo, trato respiratório, conjuntival e sangüíneo. A eliminação ocorre pelo sangue, fezes, saliva e ar expirado.
A alimentação variada e balanceada, higiene adequada, uso de desinfetantes, quarentena e constante observação das pacas, são alguns dos procedimentos que previnem a instalação de qualquer tipo de doença no plantel.
Através dos cuidados veterinários, esquemas preventivos, tratamentos apropriados e administração de uma dieta balanceada e de qualidade, espera-se minimizar o aparecimento de doenças e ou quaisquer problemas que possam vir a afetar a saúde dos animais.
As observações diárias e minuciosas do plantel visam detectar o eventual problema no início, a fim de facilitar o tratamento.
Cuidados Neonatais
Mortalidade de filhotes: a mortalidade é inevitável, especialmente nas colônias que se iniciam com animais de diferentes procedências.
Consideramos que existem 3 fatores responsáveis pela mortalidade dos filhotes (animais com idade inferior a 3 meses).
- Stress
- Infecção por endoparasitas
- Infecções respiratórias
O primeiro fator não se pode evitar, apenas reduzir o máximo possível a tensão dos animais. Por isso, os esforços devem dirigir-se para os outros dois fatores, a fim de reduzir significativamente a mortalidade, que na primeira geração assumiremos como sendo 10%.
Combate ao Infanticídio
Em todo treinamento de mão-de-obra daremos ênfase para a maneira de minimizar quaisquer impactos negativos que possa haver no criadouro.
Será feita a separação das fêmeas próximas ao parto em piquete destinado a este fim. Esta apartação será realizada quando for possível a observação visual dos sinais pré-parto.
Caso a fêmea amanheça com a cria junto ao grupo social a separação será imediata.
Se uma fêmea realizar o infanticídio por dois partos seguidos será considerado fêmea de descarte. O teor de proteína da dieta será balanceado, de modo a garantir as exigências nutricionais dos animais. Utilizaremos ingredientes protéicos de qualidade.
Limpeza das Instalações
Toda manhã, depois da atividade noturna, a água das piscinas será trocada e o piquete limpo, com a retirada das fezes manualmente.
Uma vez por semana será realizada uma desinfecção total. Frequentemente as paredes do criatório serão caiadas (passar cal), como medida de desinfecção.
Pesagem Diária
Todas as pacas nascidas no plantel deverão ser pesadas semanalmente, a partir de seu nascimento até 3 kg de peso, aproximadamente aos 3 meses de idade.
Este procedimento é importante por 2 razões:
- Permite ao criador verificar a saúde e desenvolvimento do animal;
- Facilita o manejo do plantel.
Sexagem
Através dos sacos ósseos da cabeça, que são mais pronunciados nos machos, e principalmente, através do exame minucioso dos órgãos genitais.
Serão tomadas todas as precauções gerais de segurança.
Dieta oferecida aos animais de acordo com seu hábito alimentar
A alimentação é fornecida de manhã e no final da tarde.
Animais Adultos
As pacas, especialmente as nascidas em cativeiro, comem todos os tipos de alimentos (grãos, frutas, legumes etc.).
A dieta básica será composta de milho pré-amolecido, ração comercial para cobaias (preferencialmente) ou ração para coelhos, além de frutas, tubérculos e premix vitamínico-mineral duas vezes por semana.
Utilizaremos os ingredientes disponíveis na propriedade, e que se encontram descritos na tabela a seguir.
Desta tabela, selecionaremos uma dieta adaptada as nossas condições, cujos principais componentes são:
- Cereais: milho, soja, farelo de trigo;
- casca de ovo;
- suplementos vitamínicos e mineral;
- raízes de mandioca;
- frutas cítricas;
- sal;
- frutas: banana, mamão, coco, goiaba, manga, carambola etc.;
- forrageiras utilizadas na alimentação do gado e abundantes na propriedade, inclusive cana-de-açúcar;
- alimento comercial para cobaias ou coelhos.
As formulações são feitas baseadas na disponibilidade dos alimentos, tomando-se o cuidado de oferecer pequenas quantidades iniciais a cada mudança de dieta, até a completa adaptação dos animais.
Todos os animais recebem cálcio, minerais e suplementos vitamínicos.
Os animais são alimentados na parte da manhã, para que se tornem mais ativos durante o dia, o que tornará mais fácil a vigilância de seu apetite e saúde.
Daremos preferência a oferecer uma maior variedade de alimentos, dosados em pequenas quantidades, procurando obter uma dieta mais balanceada.
São colocados, quinzenalmente, galhos e troncos de Myrtaceas, especialmente goiabeira (Psidium sp), previamente preparados para limar os dentes frontais das pacas. Com isso, evitaremos o crescimento excessivo desses dentes, o que dificultaria a mastigação dos animais.
Os grãos mais duros (milho e soja), serão colocados em bacia contendo água, a fim de amolecerem antes de serem adicionados a dieta para evitar problemas dentários.
Filhotes
-
- Pequenos pedaços de frutas doces, como a banana, devem ser oferecidos em um pequeno prato;
- vitaminas líquidas;
- cálcio (50 mg de pastilhas moídas, para humanos); e
- pequena quantidade de vitaminas do complexo B para estimular o apetite.
O responsável técnico esclarece que o manejo nutricional é prioritário no projeto, sendo este sujeito a alterações, se considerarmos necessário.
Adultos
Levando-se em consideração que o consumo diário ideal equivale em peso à 10-15% do peso vivo do animal, utilizaremos este parâmetro no criatório.
Um animal adulto pesando 7,5 kg, consumirá em torno de 750-888 gr/dia.
Utilizaremos rações comerciais para criação de cobaias ou coelhos, disponíveis no mercado, portanto, a composição da ração corresponderá à formulação cientificamente desenvolvida pelo fabricante. As concentrações e fibras, adequadas à cunicultura e biotérios, poderão suprir as necessidades nutricionais das pacas.
Animais Em Reprodução
Nos animais em reprodução utilizaremos ração de reprodução para cobaias ou coelhos. Na fase de recria utilizaremos ração de crescimento e na fase de engorda, ração para terminação de cobaias ou coelhos.
Cerca de 30% da dieta será composta pela ração e o restante de frutas, raízes, tubérculos, soja e outros ingredientes adequados à alimentação de pacas.
Filhotes
Levando-se em consideração que o consumo diário ideal eqüivale em peso à 10-15% do peso vivo do animal, utilizaremos este parâmetro no criatório.
Isto equivale dizer que um animal jovem pesando 3 kg consumirá 300 a 380 gr/dia.
Utilizaremos rações comerciais para criação de cobaias ou coelhos, disponíveis no mercado, portanto, a composição da ração corresponderá à formulação cientificamente desenvolvida pelo fabricante. As concentrações e fibras, adequadas à cunicultura e biotérios, poderão suprir as necessidades nutricionais das pacas.
Evolução e Estabilização do Plantel
Esse tópico sintetiza os objetivos considerados viáveis em um sistema de produção de pacas.
Um projeto de criação de pacas deve ser conduzido, em etapas. Após o processo de socialização, controle do stress no rebanho, e o domínio da reprodução, prevê-se a multiplicação do plantel, que possibilitará a seleção de espécimes mais robustos, produtivos e adaptados às condições do manejo
Expectativas reprodutivas pessimistas são paulatinamente substituídas por expectativas mais otimistas, pois a produtividade tende a aumentar devido à anulação de intercorrências que afetam a fertilidade do plantel no início de todo criatório, principalmente ligadas a:
- Origem diversificada dos espécimes.
- Stress por mudanças.
- Diferenças de idade.
- Mudanças de alimentação.
- Adaptação ao novo ambiente e ao manejo.
- Baixa fecundidade e intempéries sazonais.
- Descarte ou morte de refugos (seleção).
- Treinamento da mão-de-obra.
Ocorrendo o aumento de produtividade previsto, haverá consequentemente um excedente de animais. Estes excedentes serão então consumidos ou comercializados, a fim de evitar problemas advindos da superpopulação e para possibilitar a geração de receitas necessárias à manutenção do criatório.
É recomendável proceder à permuta de um determinado número de espécimes com outros criadores, para reduzir os riscos de degeneração do plantel causados pela endogamia ou consangüinidade.
Controle e Planejamento Reprodutivo / Taxa de Prenhez
- Ano 1 = 10 %
- Ano 2 = 20 %
- Ano 3 = 30 %
- Ano 4 = 50 %
- Ano 5 = 60 %
- Ano 6 = 65 %
- Ano 7 = 70 %
Índices Zootécnicos
- Mortalidade = 5 % para adultos e 10 % para jovens.
- Intervalo entre partos de 8 meses = 1 parto/ano
- Tamanho da prole = 1 cria/parto. Produção média = 1 crias/matriz/ano.
- Descartes serão destinados à venda como animal de corte.
As baias restantes serão utilizadas na medida que se fizerem necessárias visando atender a criação de pacas de maneira adequada e suficiente. - Machos Reprodutores Reserva: serão sempre mantidos machos reprodutores reservas (selecionados), para o caso de necessidade de substituição (óbitos, falta de libido/baixo desempenho), e/ou remanejamentos (incompatibilidades).

Projeto Paraty Ecoparque
- EcoParque – Visão, Missão, Objetivos, Valores e Aliados
- EcoParque – Contexto Regional / Patrimônio Mundial Unesco Misto, Natural e Cultural
- EcoParque – Educação Ambiental
- EcoParque – Centros de Educação Ambiental
- EcoParque – Categorias de Uso e Manejo de Fauna Silvestre
- EcoParque – Proposta de Programa do Paraty Ecoparque
- Espaços de Educação Ambiental
- EcoParque – Ranário – Anuros: Sapos, Rãs e Pererecas / Espécies da Mata Atlântica
- Ecoparque – Morcegário
- EcoParque – Jardim dos Colibris / Beija-flores
- EcoParque – Meliponário / Abelhas-nativas-sem-ferrão
- EcoParque – Borboletário
- EcoParque – Armadilha de Luz para Insetos Noturnos
- EcoParque – Formigário ou Fazenda de Formigas
- EcoParque – Piquete Animais Silvestres
- EcoParque – Passarela e Mirante de Observação de Manguezal
Anexos
- Anexo I – Educação Ambiental, Diversidade e Complexidade
- Anexo II – Borboletas e Mariposas/ Insetos de metamorfose completa
- Anexo III – Anuros: Sapos, Rãs e Pererecas
- Anexo IV – Meliponários / Abelhas-nativas-sem-ferrão
- Anexo V – Fauna Silvestre – Anta (Tapirus Terrestris)
- Anexo VI – Fauna Silvestre – Cateto (Pecari Tajacu)
- Anexo VII – Fauna Silvestre – Paca (Cuniculus paca)
- Anexo VIII – Fauna Silvestre – Jabuti (Chelonoidis carbonaria)
- Anexo IX – Passarela de Observação e Interpretação de Manguezal
- Anexo X – Jardim dos Colibris, La Paz Waterfalls Gardens, Costa Rica (Estudo de Caso)
- Anexo XI – Infraestrutura para Observação de Aves
- Anexo XII – Uso Sustentável de Manguezais
- Anexo XIII – Educação Ambiental no Manguezal
- Anexo XIV – Conversão de Multas Ambientais em Ações Ambientais
- Observação de Aves / Birdwatching / Birding
- Torres e Passarelas de Copada / Canopy Towers & Walkways
- Manuais Albatroz/EcoBrasil – Downloads
© Roberto M.F. Mourão / ALBATROZ Planejamento
Para uso e permissões favor contatar: roberto@albatroz.eco.br