Fórum Internacional sobre Crise Climática do Brasil
Brazilian International Forum on Climate Crisis
Idealização e Autoria (maio 2023):
:. Gisele Mirabai, e-mail: giselemirabai@gmail.com
:. Roberto M.F. Mourão
Apresentação
Fórum Internacional sobre Crise Climática do Brasil – é a proposta de realização de um evento a acontecer bienalmente em território brasileiro, para a discussão sobre mitigação das mudanças climáticas, entre grandes líderes e especialistas sobre o tema.
Além de conferências com nomes nacionais e internacionais, o BRACC irá realizar a formação de uma Carteira de Projetos para atenuação da crise do clima no Brasil, com critérios de ESG, relacionados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pelo Pacto Global.
Onde Acontece
O BRACC 1 será realizado na cidade de Paraty, no segundo semestre de 2023, em território de Mata Atlântica e considerado pela Unesco o 1º Patrimônio Misto Mundial de Cultura e Biodiversidade do Brasil.
O evento contará com doze convidados nacionais e seis convidados internacionais que, durante quatro dias, integrarão a programação do evento, com pitchings dos projetos durante as manhãs e debates em mesas redondas no período da tarde, a serem transmitidas online e traduzidas simultaneamente para as principais línguas faladas do globo.
A cerimônia de abertura acontecerá na quinta-feira com a orquestra sinfônica de Paraty e encerramento no domingo, com uma festividade indígena – música e dança.
As edições seguintes dos BRACCs poderão ser realizadas, bienalmente, em diferentes biomas brasileiros, sendo:
BRACC 2 na Amazônia,
- BRACC 3, no Cerrado,
- BRACC 4 no Pantanal,
- BRACC 5 na Caatinga, e
- BRACC 6 no Pampa.
Objetivos
- colocar o Brasil no centro dos debates
- incentivar projetos que realmente façam a mudança
- agir com urgência de acordo com os prazos do IPCC da ONU – 2030
- ouvir especialistas sobre o tema
- estimular o debate respeitando diversidade de vozes, trazendo a ciência e o saber dos povos originários para o centro do debate.
Por que agora ?
Segundo ONU, a população mundial atingiu 8 bilhões em 15 de novembro de 2022.
Fatos
As últimas projeções das Nações Unidas sugerem que a população global pode crescer para cerca de 8,5 bilhões em 2030, 9,7 bilhões em 2050 e 10,4 bilhões em 2100.
Consequências
“A degradação do meio ambiente mundial, a má distribuição de renda e a iminência de conflitos existem atualmente por causa do superconsumismo e da superpopulação. Se este crescimento populacional sem prescedentes continuar, as futuras gerações não terão alimentação adequada, moradia, tratamento médico, educação, recursos naturais suficientes e oportunidades de emprego.” (Declaração dos líderes mundiais sobre a estabilização da população.)
Problemas causados pelo crescimento da população
- Degradação do meio ambiente
Desflorestamento
- Extinção de espécies de plantas e animais
- Desertificação do solo
- Poluição da água e do ar
- Escassez de água e combustível mineral
- Diminuição da qualidade de vida
- Subnutrição e doença
- Desemprego
Por que no Brasil ?
Por que Paraty ?
- Diversidade de Comunidades e Populações Tradicionais
Biomas Ameaçados, em especial a Amazônia e a Mata Atlântica
- País de Dimensões Continentais
– o Brasil tem 48% da área da América do Sul
– a área do Brasil equivale à área continental dos EUA (sem Alasca) - Restam 12% de Mata Atlântica em Paraty
- Paraty Patrimônio Mundial Cultural e Natural da Humanidade, Unesco
Mudanças Climáticas, uma urgência
Sempre houve mudanças climáticas no planeta. Mas o aquecimento global que acontece há cerca de 150 anos é de enorme desequilíbrio, pois foi desencadeado pelo homem e as suas atividades.
Com a revolução industrial, o homem passou a despejar na atmosfera milhões de toneladas de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa, fazendo com que a quantidade de CO2 presente na atmosfera dobrasse em relação aos valores mínimos dos últimos 700 mil anos.
Há cerca de 15 anos, os dados produzidos por cientistas ao redor do mundo, sistematizados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), concordam em declarar que o Aquecimento Global deriva do Efeito Estufa Antropogênico, segundo o último IPCC, lançado em março de 2023.
Em comparação com os níveis pré-industriais, a temperatura média do planeta aumentou 0,98 °C e a tendência observada de 2000 até hoje prevê, se não forem tomadas providências, um aumento adicional de +1,5 °C até 2030.
A Crise Climática Global está em curso
O impacto do Aquecimento Global já é evidente:
- as geleiras marinhas do Ártico diminuíram em média 12,85% a cada dez anos;
- os registros das marés costeiras mostram um aumento de 3,3 milímetros no nível do mar por ano desde 1870;
- o decênio 2009-2019 foi o mais quente já registrado e 2020 foi o segundo ano mais quente de todos os tempos, logo abaixo do recorde de 2016;
- as “estações dos incêndios” têm se tornado mais longas e intensas; de 1990 até hoje;
- os Eventos Climáticos Extremos, como ciclones e inundações, vêm aumentando a cada ano, até mesmo em períodos atípicos em relação ao passado, com efeitos cada vez mais devastadores.
- as espécies vegetais e animais se deslocam de maneira imprevisível de um bioma para outro, causando danos incalculáveis à biodiversidade em todo o mundo.
Definir isso usando o termo Mudanças Climáticas está correto, mas não transmite suficientemente a ideia.
Precisamos começar a falar em Crise Climática, pois o clima sempre mudou, mas não de forma tão rápida e não com infraestruturas rígidas e complexas como são as cidades e o sistema de produção ao qual os países mais industrializados estão acostumados.
Por isso o BRACC traz o nome “Crise Climática” em seu título, destacando o Brasil como um dos mais relevantes territórios para se falar sobre o tema.
Acordos Internacionais – o que tem acontecido no planeta
Em dezembro de 2015, na Conferência das Partes (COP21) da Convenção – Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCC), foi assinado o esperado Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas, que fornece um quadro confiável para alcançar a descarbonização, com metas de longo prazo para enfrentar as mudanças climáticas e uma estrutura flexível baseada na contribuição de cada governo.
Os governos signatários se comprometeram a limitar o aumento da temperatura em menos de 2 °C acima dos níveis pré-industriais, esforçando-se em não superar 1,5 °C, para atingir o pico de emissões o quanto antes e alcançar a neutralidade de carbono na segunda metade do século.
Em 2021, a COP26 em Glasgow reafirmou seu compromisso de alcançar a chamada Neutralidade de Carbono globalmente até 2050.
BRACC no Cenário Global
BRACC, no Cenário Global, acontece no momento em que encontrar formas práticas de mitigar as Mudanças Climáticas é urgente.
O Brasil se mostra como o cenário perfeito para a realização de um fórum internacional, já que conta com dimensões continentais.
Perder a Amazônia significa uma enorme perda em Biodiversidade, causando Desequilíbrio Ecossistêmico e agravamento da Crise Climática.
A Mata Atlântica, no sul da Bahia, tem maior número de espécies arbóreas nativas do Brasil: 144 espécies arbóreas em apenas 1000 m². Provavelmente está entre as região do Planeta com maior número de espécies arbóreas.
A ciência oferece dados confiáveis e projeções de cenários futuros cuidadosamente estudadas. As mudanças climáticas não esperam e não param. É necessária uma forte mudança cultural, uma verdadeira troca de paradigma para traduzir em realidade o que todos agora concordam.
Conferência com Convidados Especialistas
Essa conferência será composta por especialistas e gestores de entidades e organizações socioambientais, com experiência e conhecimento sobre Mudanças Climáticas, que debaterão e definirão formato e diretrizes para criação e implementação de uma Carteira de Projetos. Idem participar em eventos COP nos anos 2023, 2024 e 2030 (em Belém do Pará)
A referida Oficina de Planejamento também delineará, inicialmente, o formato da participação na
- COP 29 (a definir local, provável República Tcheca ou Bulgária) e na
- COP 30, em Belém do Pará, Brasil.
A Conferência terá a participação de 10 a 12 especialistas convidados ou seus indicados, que posteriormente podem via a formar um Grupo Consultivo da Carteira de Projetos (definindo diretrizes de aplicação em projetos). Numa 2ª Fase, poder-se-á buscar um perfil internacional para um evento complementar.
Sugestões de Convidados Nacionais
ministra Marina Silva
ministra Sônia Guajajara
- Ailton Krenak, líder indígena, ambientalista, escritor
- André Guimarães, IPAM Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazonia
- André Vilas-Boas, ISA Instituto Socioambiental
Carlo Pereira, Rede Brasil do Pacto Global
- Carlos Nobre, WRI World Resources Institute, Brasil
- César Sanches, B3 superint. sustentabilidade da bolsa
- David Canassa, Legado das Águas
- Davi Kopenawa, xamã e líder político do Povo Yanomami
- Frineia Rezende, TNC The Nature Conservancy, Brasil
- Guilherme Ruggiero Passos, Instituto Semeia
- João Valsecchi do Amaral, Instituto Mamirauá
- Joemia Wapichana, FUNAI Fund. Nac. Povos Indígenas, deputada
- Mauricio Bianco, CI Conservation International, Brasil
- Pedro Leitão, TRAMA Consultoria e Projetos
- Roberto Klabin, Fundação SOS Mata Atlântica
- Rosa Lemos, FUNBIO Fundo Brasileiro para a Biodiversidade
- Rosy Isaias, UFMG, bióloga, Departamento de Botânica
- Rubem Fernandes, Viva Rio
- Suzana Pádua, IPÊ Instituto de Pesquisas Ecológicas
- Txai Surui-Pater, indígena e ativista
Sugestões de Convidados Internacionais
- Anthony Anderson, Socioenvironmental Assets
- Barbara Zimmerman, Projeto Kayapó, Environment Defense Fund
- Juan Luna-Kelser, George Washington University, socioeconomista, ex-BID
- Marc Jean Dourojeanni, ex-Banco Mundial, ex-Banco Interamericano de Desenvolvimento
-
Peter May, economista, Sociedade Brasileira de Economia Ecológica
-
Russel Mittermeier, primatólogo, Conservation International
No Segundo dia, convidados internacionais debaterão:
- de que forma fundos internacionais investirão em projetos de mitigação de mudanças climáticas no Brasil.
- o que buscam ?
- por que proteger a Amazônia é importante para o globo como um todo ?
Proposta de Carteira de Projetos para Mitigar Mudanças Climáticas
A proposta deste projeto é planejar e realizar eventos para a discussão e formação de uma Carteira de Projetos para Mitigar Mudanças Climáticas no Brasil, com critérios de ESG, relacionados com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pelo Pacto Global.
Entendendo que:
ESG – Environmental, Social and Governance, corresponde às Práticas Ambientais, Sociais e de Governança de uma organização. O termo foi cunhado em 2004 em uma publicação do Pacto Global.
ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que fazem parte da chamada “Agenda 2030”. Trata-se de um pacto global assinado durante a Cúpula das Nações Unidas em 2015.
Cronograma
Quinta-feira
Abertura Orquestra Sinfonica de Paraty
Sexta-feira
manhã: Apresentação projetos
tarde: mesa conferencistas brasileiros
Sábado
manhã: apresentação projetos
tarde: mesa conferencistas brasileiros e internacionais
Domingo
conferencia final
apresentação projetos premiados
Encerramento – Festejo Indígena, com música de dança.
Roberto M.F. Mourão / ALBATROZ Planejamento
Para uso e permissões favor contatar: roberto@albatroz.eco.br