Estudos de Caso

Centro de Informações Turísticas / Backpacker Hub de Boca Manu

Autoria: Roberto M.F. Mourão, ALBATROZ Planejamento

Parque Nacional Manu, Peru

 

 

 

Mochileiro / Backpacker

As pessoas viajam há milhares de anos com seus pertences nas costas, mas geralmente por necessidade e não por recreação. O aventureiro italiano do século XVII Giovanni Francesco Gemelli Careri foi sugerido como um dos primeiros mochileiros do mundo, no sentido de uma extensa viagem por prazer.

Mochileiro ou Backpacker é uma pessoa que viaja com uma mochila, geralmente gastando pouco dinheiro e ficando em lugares que não são caros como campings, albergues, hostels ou pousadas baratas.

Em geral é um viajante independente, que organiza suas viagens por conta própria, dando ênfase ao conhecimento, aventura e diversão. Costuma fazer viagens mais longas.

As viagens de mochileiros, como estilo de vida e negócios, cresceu consideravelmente nos anos 2000 devido a custos menores de transporte, sobretudo aéreo, e acomodações econômicas em muitas partes do mundo.

A popularidade moderna das mochilas pode ser atribuída, pelo menos em parte, à vida hippie das décadas de 1960 e 1970, que por sua vez seguiu seções da antiga Silk Road, na Índia. Tradicionalmente, os mochileiros carregam seus pertences em mochilas de 30 a 60 litros.

Boca Manu é um ‘backpacker hub” (base de acolhida de mochileiros), situado na confluência dos rios Manu e Madre de Dios, na região ecoturística do Parque Nacional Manu, localizado nas selvas chuvosas dos departamentos (estados, provincias) de Cusco e Madre de Dios, no Peru.

O Parque Nacional Manu é umas maiores tesouros naturais do Peru, tanto pelo número de espécies que possui como pela diversidade de ecossistemas que protege.

Com 1,5 milhões de hectares (pouco mais da metade do maior parque nacional brasileiro: o Parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque, com cerca de 3,88 milhões), foi criado 1973 e declarado Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco em 1987.

O parque abrange a totalidade da bacia do Río Manu, além de extraordinario trecho andino que vai de 4.200 m, no ‘Puna Alto-andina’, até 150m, na planície amazônica peruana.

O parque é o ambiente natural de grande quantidade de anfibios, insetos, répteis, mais de 20 mil plantas, 1200 borboletas, 200 mamíferos e 850 de aves, onde se destaca o  Cock-of-the-rocks (Galinho-da-serra, Rupicila peruvianus).

No seu interior habitam diversos grupos étnicos, tais como os Amahuaca, Huachipaire, Machikenga, Piro, Yora e Yaminahua, além de outros com pouco contato com o mundo moderno.

Centro de acolhimento, simples e eficaz, possui infraestrutura e serviços básicos para atender mochileiros, tais como lojas de suprimentos, lavanderia, posto telefônico, lan house, camping, alojamento, etc. Uma pista de pouso atende aeronaves de pequeno porte, porém sem vôos regulares, somente fretados.

Para permanência e alojamento em Boca Manu, assim como para visitar o Parque Nacional Manu ou o alojamento comunitário dos indígenas Matsigenka, é necessário fazer parte de um grupo organizado por agências e operadoras de ecoturismo, sendo necessário apresentação de permissão.

A sede regional do parque, situa-se em Limonal, a cerca de 20 minutos, de barco, de Boca Manu, onde devem ser apresentada a permissão de acesso, que devem ser solicitados e emitidos previamente à viagem.

As permissões podem ser emitidas na véspera de viagem, caso haja vaga em algum grupo organizado. Os vistos podem ser obitidos no aeroporto de Cusco ou com operadores turísticos.

 

 

Roberto M.F. Mourão / ALBATROZ Planejamento
Para uso e permissões favor contatar: roberto@albatroz.eco.br

 

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