Projeto EXCELÊNCIA EM TURISMO
Aprendendo com as Melhores Experiências Internacionais
Viagem Técnica à Costa Rica (2005)
Promoção: Embratur
Parceria: Sebrae Nacional
Projeto – idealização e execução: Roberto M.F. Mourão, Albatroz Planejamento
Histórico
O projeto Excelência em Turismo: Aprendendo com as Melhores Experiências Internacionais, posteriormente, face a seu sucesso com os destinos turísticos internacionais de excelência, ampliado pelo Sebrae Nacional para viagens técnicas no Brasil, foi idealizado e desenvolvido originalmente pelo Instituto EcoBrasil, baseado no conceito de “benchmarketing“.
O projeto “Excelência em Turismo: Aprendendo com as Melhores Experiências Internacionais” teve sua concepção e desenvolvimento iniciados em agosto de 2004, por iniciativa do Instituto Brasileiro de Turismo – Embratur, do Ministério do Turismo, por meio da Diretoria de Turismo de Lazer e Incentivo.
Em julho de 2004, o consultor Roberto M.F. Mourão, diretor do Instituto Ecobrasil, recebeu uma demanda de Marcos Niemeyer, da Embratur, perguntando se tinha alguma sugestão de projeto pois havia uma verba de cerca de R$ 700 mil (aprox. US$ 230 mil), sem rubrica, para uso em capacitação.
Projeto Conceitual / Detalhamento Técnico / Implementação
Instituto EcoBrasil, Albatroz Planejamento
Roberto M. F. Mourão, consultor, tour líder na Viagem à Costa Rica
E-mail: roberto@albatroz.eco.br
Parceria: TURISMO & CONSERVACIÓN Consultores
Ana Baez, consultora, tour conductor
E-mail: turbaez@racsa.co.cr
Introdução
Pura Vida !
Pura Vida ! é a expressão ouvida por toda a Costa Rica, que mescla cumprimento com boas-vindas, simboliza a principal característica que encontramos ao visitar o país: a hospitalidade.
Um dos destinos ecoturísticos mais famosos do planeta, onde a evolução ocorreu para melhor, a Costa Rica, no coração da América Central, pode ser tomada como paradigma de qualidade operacional e uso adequado dos recursos naturais para o desenvolvimento de produtos turísticos.
Sabendo-se que, em geral, o perfil da clientela muda, flutuando em função do tempo, na medida em que o destino “amadurece”, o fluxo aumenta na medida que se introduz infraestruturas e equipamentos adequados, quando bons serviços e produtos ocorrem e são “reciclados” periodicamente, como pode diminuir caso a melhoria de qualidade ou “amadurecimento” não ocorra.
Deve-se respeitar este destino, que até a década de 80 era tido como “Sol & Mar” e onde atualmente 3 em cada 4 turista visitam pelo menos uma área protegida, governamental ou particular (2005).
A evolução do ecoturismo na Costa Rica teve por base no uso do conhecimento científico para o turismo, onde os “visitantes pioneiros” eram cientistas, seduzidos pelo fato do país desfrutar de excelente reputação quanto a biodiversidade e qualidade de seus recursos naturais, atraindo um número sempre crescente de pesquisadores estrangeiros.
Além de facilidades para pesquisar, estes “viajantes profissionais” criaram uma demanda por serviços de hospedagem, alimentação, transporte, guias e assistentes, de forma que os primeiros serviços começaram a aparecer, embora de forma básica e familiar, gerando benefícios para comunidades das áreas rurais.
Um fator importante a se considerar para o desenvolvimento do destino Costa Rica foi o interesse da sociedade mundial pelas questões ambientais a partir dos anos 80, potencializado na década seguinte com a realização da Rio-92, coincidindo com enorme fluxo de informação relativo à riqueza natural do país.
No início da década de 80, a mídia deu destaque à Costa Rica, por meio dos diversos e melhores meios de comunicação, atraindo um novo segmento do mercado: os conservacionistas e ecologistas. Estes segmentos incluíam organizações e indivíduos com bom conhecimento de assuntos ambientais, com interesses em temas muito específicos da fauna e da flora.
Esta nova clientela exigiu instalações mais organizadas, ainda que simples ou rústicas. Neste momento de desenvolvimento, começaram a surgir pequenos hotéis, denominados “lodges”, construídos próximos a áreas próximas a parques nacionais e de outras áreas protegidas. Neste contexto, os destinos Monteverde e Manuel Antônio Carrillo participaram como áreas embrionárias no processo de desenvolvimento.
Operadores de turismo começaram a oferecer novas modalidades de transporte e serviços, guias naturalistas, folhetos e manuais informativos, lista de aves etc. Algumas das infraestruturas de hospedagem foram melhoradas e a divulgação “boca-a-boca”, a melhor e mais confiável ferramenta de promoção, atraiu outros públicos-alvo: os estudantes, com interesse de complementar seus estudos com experiências in situ, e os mochileiros.
A Costa Rica alcançou uma posição importante como destino de qualidade em turismo de natureza e as principais agências e operadoras estrangeiras começaram a promover o destino para suas clientelas. Com o poder da promoção do boca-a-boca, atraiu-se novos públicos: as pessoas com um interesse na natureza ou curiosas sobre novos produtos e destinos (turistas) e, a partir deste ponto o rápido crescimento dos grupos familiares.
Evolução da Clientela na Costa Rica
A evolução do perfil de consumidor gerou mudanças importantes em serviços, atrações e atividades e, finalmente, nos tipos de projetos desenvolvidos e implementados, que atualmente mesclam natureza, esportes e aventura (leve).
Não obstante, vale mencionar que estas mudanças nada são além de um reflexo da dinâmica que caracteriza a indústria turística e que deve ser observado, analisado, ajustado e aplicado no Brasil, que por sua dimensão continental, quase 170 vezes maior que a Costa Rica, deverá requerer um esforço proporcionalmente maior.
Na viagem de benchmarking realizada, foi possível observar pontos fortes que induzem crescentes fluxos de visitantes, entre outros:
- sua localização geográfica;
- a atmosfera de paz, liberdade e democracia;
- (ainda) não ser destino de turismo de massa;
- bons serviços básicos – saúde, educação, comunicações;
- hospitalidade – interação/intercâmbio cultural;
- diversidade de ecossistemas em território pequeno, com estradas de acesso;
- grande variedade de produtos e atividades: observação da natureza, caminhadas, rafting etc.
Como consequência, o turismo se tornou a principal fonte de receita internacional, superando a exportação de frutas. Estes produtos não tradicionais incorporaram uma mudança social e econômica importante: o país passou de ser predominantemente agrícola para se tornar prestador de serviços.
A Costa Rica tem um sistema de áreas protegidas de cerca de 25% de seu território, contribuindo para o sucesso do destino, porém com algumas áreas enfrentando significantes aumentos na visitação em curtos períodos, com consequente impacto negativo na visitação e na falta de infraestrutura adequada.
Deve-se considerar que parte da atual estratégia governamental é fomentar a participação cada vez maior por parte do setor privado e das comunidades no esforço de conservação e geração de emprego e renda por meio do turismo, com constante monitoramento e avaliação dos setores envolvidos e a eqüitativa distribuição dos benefícios gerados.
As experiências vividas pelo grupo de empresários brasileiros nesta viagem técnica à Costa Rica tiveram um ingrediente determinante de sucesso: a condução profissional, calorosa e enriquecedora de consultora Ana Báez, respeitada e experiente especialista, que participou desde o início, no planejamento e escolha de lugares e produtos da visita, que, generosamente, compartiu seus conhecimentos, contribuindo fundamentalmente para o sucesso de nossa missão.
Pura Vida !!!
Roberto M.F. Mourão
consultor, tour líder
Benchmarking, Aprendendo com as Melhores Práticas Internacionais
- Benchmarking – Projeto Excelência em Turismo, Internacional
- Benchmarking – Costa Rica: Viagem Técnica, 2005
- Benchmarking – Costa Rica: Projeto, Recomendações e Programa
- Benchmarking – Costa Rica: Seleção, Pré-requisitos, Participantes, Programação
- Benchmarking – Costa Rica: Turismo, Ciclo de Vida, Competitividade, Situação em 2005
- Livro Sebrae/Embratur/MMA: Benchmarking, Aprendendo com as Melhores Práticas Internacionais
- Revista Benchmarking: Os Melhores da Gestão Socioambiental Brasileira (2009)
- Relatório Completo da Viagem Técnica à Costa Rica + Anexos, 2005 (pdf)

Mídia
- Benchmarking na ABAV 2010: Benchmarking em Exposição
- Publicação online: Benchmarking em Turismo – Aprendendo com as melhores experiências
Roberto M.F. Mourão / ALBATROZ Planejamento
Para uso e permissões favor contatar: roberto@albatroz.eco.br